sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CURRÍCULO E ENSINO

Refletir acerca da importância da escola a fim de atingir os objetivos educacionais significa a busca de caminhos para renovar a escola e adequar o currículo à realidade dos novos tempos tem recebido significativa contribuição de pesquisadores da educação que, com sua reflexão e capacidade de síntese, vêm redefinindo o papel da escola. Conhecer seu pensamento ajuda a encontrar formas de ressignificar o trabalho em sala de aula, no sentido de ensinar a pensar, selecionar e interpretar informações e a tomar decisões, substituindo a transmissão do conhecimento pronto pela pesquisa e pela construção de novas formas de compreensão da realidade.
Além disso, sabemos que comumente os livros são geralmente escritos por especialistas que reflete exatamente a visão ou a opinião desses especialistas. Sendo assim, questiona-se as sugestões desses especialistas uma vez que eles propõem sugestões inadequadas, fora da realidade do aluno.
O planejamento de um currículo constitui-se de um processo contínuo, à medida que se desenvolvem conteúdos e procedimentos experimentados, assim, os resultados podem contribuir para a identificação dos pontos fortes e fracos do programa curricular. Vale salientar que não podemos esquecer da importância do processo de avaliação, os valores e procedimentos adotados no processo ensino-aprendizagem. Pensar na reelaboração do currículo escolar para Ralph W. Tyler é algo que abrange a escola como um todo. Dessa forma, é necessário o envolvimento de todo corpo docente. Além disso, o planejamento de currículo é um processo cíclico, envolve constantemente o replanejamento, redesenvolvimento e reavaliações. Portanto, o trabalho nos leva a refletir sobre a importância das experiências educacionais proporcionadas no âmbito escolar a fim de possibilitar o desenvolvimento do processo educacional vigente. Através de uma base teórica fundamentada
na racionalidade. O autor sugere procedimentos que proporcionem condições eficientes para sanar os problemas pertinentes aos programas de ensino.
O currículo precisa refletir as necessidades e as exig6encias da vida social, concentrar-se na produção do saber e no desenvolvimento da consciência crítica e valorizar a cultura popular, a experiência e os conhecimentos prévios dos alunos e o saber do senso comum como base para a construção social do conhecimento, ou seja, a aprendizagem. Por isso, a proposta do autor é um currículo baseado no domínio de competências básicas e não no acúmulo de informações; um currículo que tenha vínculos com diversos contextos de vida dos alunos.
Dessa forma, cabe a escola como instituição social responsável pela educação das novas gerações assumir seu papel e o compromisso de mediar a relação sujeito histórico com as novas tecnologias e as mudanças na produção de conhecimento, bens e serviços, que se tornam progressivamente mais aceleradas e significativas.Essa mediação entre o sujeito aprendente e o mundo circundante de pende, em última instância, de uma revisão do conceito e do papel do currículo escolar, em suas três fontes principais: sociológica, epistemológica e psicopedagógica.
A fonte sociológica, de caráter também antropológico e político ideológico, reflete o momento histórico e determina as formas culturais ou os conteúdos cuja assimilação é necessária para que os alunos se tornem membros ativos da sociedade, produtores de cultura, cidadãos. O autor fundamenta-se em uma reflexão inicial sobre a natureza e as funções da educação escolar na sociedade atual e em uma visão do tipo de sociedade e de pessoa que a escola pretende promover. O primeiro compromisso do currículo escolar é, pois, com a função socializadora da escola.
A fonte epistemológica permite distinguir os conhecimentos essenciais dos compromissos secundários, analisando as relações existentes entre eles e compreender suas estruturas internas, possibilitando estabelecer seqüências didáticas que facilitem a assimilação significativa. Além disso, fundamenta-se em uma concepção clara de ensino e de aprendizagem como pano de fundo da proposta curricular, possibilitando determinar como se deve ensinar, a inovação curricular depende mais do que da definição de o que ensinar da visão atualizada de como se aprende e da estrutura conceitual do objeto de aprendizagem em questão.
A fonte psicopedagógica aborda não só os processos de desenvolvimento e de aprendizagem e como maneira de influir sobre esses processos, permitindo planejar a ação pedagógica e conduzir situações de ensino e de aprendizagem mais eficiente, fundamentado nos conhecimentos moderno sobre a psicogênese do conhecimento e o processo evolutivo do desenvolvimento humano e sobre a teoria da aprendizagem e da comunicação.
Portanto, o presente trabalho constitui-se parte do módulo II da disciplina Currículo do Curso de Mestrado em Ciência e Sociedade, possibilitou-nos a reflexão acerca da importância da escola buscar atingir os objetivos educacionais.Essa busca de caminhos visa renovar a escola e adequar o currículo à realidade dos novos tempos da escola de forma significativa e efetiva.
QUE OBJETIVOS EDUCACIONAIS A ESCOLA DEVE PROCURAR ALCANÇAR?

Muitos programas educacionais não têm objetivos claramente definidos. As vezes sucede se perguntar a um professor de Inglês, Estudos Sociais ou outra disciplina, que objetivos têm em vista, sem obter uma resposta satisfatória. O professor pode dizer, que tem como objetivo desenvolver uma pessoa culta e que está ensinando Inglês, Estudos Sociais ou outra disciplina por que ela é fundamental para uma educação completa.
Neste contexto não há dúvida que um excelente trabalho educacional está sendo desenvolvido por professores talentosos que apesar de não ter uma concepção clara das metas, no entanto, têm uma noção intuitiva do que é um bom ensino, que conteúdos são significativos, como apresentar matérias e desenvolver tópicos de maneira eficaz com os alunos. Os objetivos educacionais tornam-se os principais critérios pelos quais são selecionadas matérias, se esboça o conteúdo, se desenvolvem procedimentos de ensino e se É importante estudar um programa educacional de maneira sistemática e inteligente, devemos determinar quais são os objetivos educacionais colimados. Os objetivos são uma questão de escolha, devendo ser considerado como juízos de valor das pessoas responsáveis pela escola. Uma filosofia global da educação é essencial para orientar-nos na formação desses juízos. Sabemos que determinadas espécies de informação e de conhecimento oferecerem uma base, mas inteligente para se aplicar a filosofia na tomada de decisões desses objetivos. Quando se tomam decisões tem acesso a esses dados, aumenta a probabilidade de que os juízos de valor sobre objetivos sejam criteriosos e que as metas escolares tenham mais significação e validade. Durante os últimos trinta anos, grandes parte do estudo cientifico de currículo tem-se ocupado de pesquisas que poderiam fornecer uma base mais adequada para uma seleção criteriosa de objetivos. Existe muita controvérsia entre essenciais e progressistas, entre especialistas em disciplinas e psicólogos infantis sobre a questão de que é possível derivar os objetivos.
Segundo os progressistas para estudar a criança deve-se descobrir que espécies de interesses ela tem, com que problema se defronta, de que propósito é animado, isto é; vê este tipo de informação como fonte básica para a seleção dos objetivos. Enquanto que o essencialista vê a chamada herança cultura como fonte primária para a determinação de objetivos, ou seja; as aprendizagens básicas escolhidas no vasto tesouro cultural do passado.
Ao se falar nos problemas contemporâneos, os objetos da escola oferecerão os conhecimentos, aptidões, atitudes nos quais ajudarão as pessoas a lidarem com esses problemas. Os filósofos da educação reconhecem que há valores básicos na vida, em grande parte transmitidos de geração a geração.
ESTUDOS DOS PRÓPRIOS ALUNOS: FONTE DE OBJETIVOS EDUCACIONAIS
A educação é um processo que consiste em modificar pensamento, sentimento e ação manifesta das pessoas, isto é, objetivos educacionais. Uma investigação das crianças de escola de nível fundamental numa dada comunidade pode revelar uma deficiência alimentar e condições físicas inadequadas. Esses fatos sugerirão, talvez, objetivos no campo da educação para a saúde e Estudos Sociais. Mas para que isto seja feito teremos que ter conhecimento do que seja as condições normais ou as condições físicas desejáveis. Estudos da adolescência durante a depressão indicaram que um número considerável dos indivíduos estava perturbado com a possibilidade de não poderem encontrar trabalho depois de se formarem. Os estudos sobre os alunos só sugerem objetivos quando a informação a respeito do mesmo é comparada com alguns padrões ou normas desejáveis, nos possibilitando a diferença entre a condição atual do aluno e a norma aceitável. Esta diferença é chamada de carência.
Um dos problemas da educação é canalizar os meios pelos quais essas necessidades são satisfeitas e o comportamento resultante seja socialmente aceitável, ou seja, a carência sendo avaliadas, o organismo não fica submetida às tensões contínuas. Segundo Prescott (1999) classifica as necessidades em três tipos: necessidades físicas como as de alimento, água, atividades, sexo, etc. Necessidades sociais: afeição, de pertencer a um grupo, de status ou de respeito por parte desse grupo. Necessidades integrativas: estão relacionadas de alguma maneira com alguma coisa maior do que o próprio EU e a necessidade de uma filosofia de vida.
Atender a essas necessidades não apenas por ser satisfatória, mas que engendre o tipo de comportamento que são pessoal e socialmente significativas. A justificativa para que as necessidades dos estudantes sejam consideradas como fonte importante dos objetivos educacionais devemos levar em consideração os aspectos referentes ao meio ambiente coletivo. A maioria desses estudos consta de duas partes: verificação das condições presente dos alunos e a comparação dessa condição com normas aceitáveis a fim de identificar as falhas ou necessidades. Segundo Smithville (1999) diz que essas necessidades seriam: 1) Saúde, 2)Relações imediatas, incluindo o meio-ambiente amigos e conhecidos, 3)Relações sócio-cívicas, incluindo toda vida cívica da escola e da comunidade, 4) Aspectos da vida quanto ao consumo, 5) A vida ocupacional, 6) Recreativa.
Para cada um desses aspectos da vida, a investigação poderia incluir, com propriedade, estudos das práticas das crianças, de seus conhecimentos e idéias, atitudes, interesses. No caso da investigação da saúde poderia ser considerados os hábitos de alimentação, de repouso e à relaxação, além dos hábitos de higiene, práticas relacionadas com a segurança e proteção da saúde.
As investigações desta espécie podem fornecer informações sobre as condições atuais das crianças da escola no que diz respeito a saúde. Outro tipo de estudo do aluno é a investigação dos interesses dos alunos quanto a teoria da educação progressiva, de que a base primária para os objetivos educacionais reside nos interesses dos próprios alunos isto é, identificar os interesses da criança para que se torne o foco da educação.
Além disso, o uso dos interesses dos alunos como base para objetivos ressalta que a educação é um processo ativo, que envolve esforços ativos do próprio aluno. Assim, sendo, quando esses interesses são desejáveis, eles podem fornecer o ponto de partida de uma educação eficaz. Por outro lado, quando são indesejáveis, limitados, inadequados, indicam falhas que precisam ser superados para que o estudante receba uma educação eficiente.
Portanto, que métodos se pode empregar, ao estudo do aluno? Sabemos que todos os métodos de pesquisa social são utilizáveis num estudo das necessidades e interesses dos estudantes. O professor deve em suas observações estabelecer uma certa quantidade de fatos a respeito dos alunos, principalmente quanto as suas atividades escolares, suas relações sociais e seus hábitos escolares. Como segunda fonte, o professor poderá realizar entrevistas com os estudantes.A entrevista fornecerá dados informais sobre os sentimentos gerais dos alunos quanto as suas atitudes, interesses, filosofia de vida. Assim, as entrevistas realizadas com os pais podem esclarecer sobre as práticas de saúde e as relações sociais dos alunos, uma vez que através do questionário é possível obtermos melhores informações sobre o caso a ser investigado. Geralmente são utilizados questionários sobre os mais diversos interesses dos indivíduos como: atividades recreativas, problemas de caráter pessoal e social, hábitos de leitura e de saúde, experiências de trabalhos e outros.


O USO DA FILOSOFIA NA SELEÇÃO DOS OBJETIVOS

É necessário selecionar um número menor de objetivos congruentes e de alta importância. Deve-se visar um número pequeno de objetivos educacionais, uma vez que se demora em alcança-los, ou seja, é necessário tempo para modificar os padrões de comportamento humanos.
É fundamental, selecionar o número de objetivos que podem realmente ser atingidos e significativos dentro do tempo disponível e que sejam importantes e de alto grau de coerência. A formulação adequada de uma filosofia educacional e social incluirá as respostas a várias questões importantes. A essência de uma filosofia procura definir a natureza de uma sociedade bem estruturada. Um dos aspectos de uma filosofia educacional indicará os valores considerado satisfatórios e eficaz para a sociedade.Não podemos esquecer que a filosofia educacional numa sociedade democrática dar ênfase aos valores democráticos.
Na realidade, a filosofia enfatiza quatro valores democráticos como fundamentais para uma vida socialmente eficaz e satisfatória tais como: 1) reconhecimento da importância de todo indivíduo humano como um ser independente do seu status racial, nacional, social ou econômico. 2) a oportunidade de uma ampla participação em todos os aspectos de atividade nos grupos sociais que constituem a sociedade, 3) estímulo e variedade, ao invés de exigir um tipo uniforme de personalidade, 4) a fé na inteligência como método de tratar problemas importantes, ao invés de colocar-se na dependência da autoridade de um grupo autocrático ou aristocrático.
No entanto, quando a escola aceita esses valores como básicos, a implantação é que esses são os valores a que se deve visar no programa educacional da escola. Os tipos de valores e idéias, hábitos e práticas evidenciam o programa de escola. A filosofia da escola se confrontará com dois outros tipos de valores que são largamente aclamados na vida extra-escolar contemporânea: os valores materiais e o sucesso. As escolas declaram em sua filosofia que não aceitam a ênfase contemporânea dada ao materialismo, não acreditando que o sucesso financeiro, pessoal ou social, constitui-se um valor educacional desejável.
É necessário antes de mais compreender a importância do programa educacional, por ser de fato uma questão de escolha e fazer juízos de valor. Assim é fundamental a orientação no sentido de direciona-los na busca dos interesses dos alunos. Sendo assim, os problemas que se defrontam poderão ser resolvidos a partir dos objetivos que a escola oferecerá através dos conhecimentos, das aptidões das pessoas que ajudaram a lidar com esses problemas. Assim, a educação constitui-se elemento de um processo que consiste em modificar padrões de comportamento, na medida em que influência o pensamento e sentimentos. A educação é um processo ativo que inclui necessariamente o esforço do aluno.
Por isso deve-se observar no conjunto de objetivos o grau de coerência, a fim de que o estudante não entre em confusão devido aos padrões contraditórios de comportamento humano. Vale ressaltar que numa sociedade que prioriza a democracia deve-se enfatizar os valores democráticos para a vida pessoal e social, eficaz e satisfatória. É necessário reconhecer a importância do indivíduo como um todo independente de status ou outro fator. Oportunizar a participação ampla na atividade da sociedade, estimulando a variedade e não privilegiando a uniformidade dos comportamentos e personalidades ou seja, promover a homogeneização cultural.
Por outro lado, é necessário enfatizar que os conhecimentos da psicologia da aprendizagem capacita os indivíduos a distinguir as metas imprescindíveis daquelas que não poderão ser alcançadas. Sendo assim, os objetivos que se concentram em conhecimentos específicos possibilitam alcançar os resultados quando oferece oportunidade de utiliza-los na vida cotidiana dos estudantes. Na realidade, a forma mais útil de formular objetivos é expressa-los em termos que indiquem a espécie de comportamento a ser desenvolvido nos estudantes, como o conteúdo ou área de vida em que deve operar esse comportamento.
Além disso, é possível dizer que a formulação satisfatória dos objetivos que indiquem os aspectos comportamentais bem como de conteúdos fornece especificações claras para indicar o eixo que norteia o processo educacional. Dessa forma, entende-se que a importância dos objetivos para construção de um currículo evidenciado pelo planejamento e seleção de conteúdos, atividades de aprendizagem, decisão de procedimentos metodológicos de ensino são aspectos decisivos para orientar todas as etapas das atividades voltadas a elaboração do currículo.
A experiência de aprendizagem refere-se principalmente a interação entre o aluno e as condições exteriores do ambiente. De fato, as experiências de aprendizagens podem ser utilizadas para alcançar determinados objetivos, bem como a mesma experiência possibilita alcançar diversos objetivos. Na realidade, o processo de planejamento de experiências de aprendizagem não é um método mecânico, pronto e acabado, mas, trata-se de um processo dinâmico e criativo. Sendo assim, as experiências de aprendizagem propostas têm possibilidade de serem satisfatórias para o estudante. Isso é importante para que as experiências produzam efeito cumulativo, sendo necessário serem organizadas de maneira a se reforçar umas as outras.
Nesse sentido, ao serem identificados os princípios fundamentais de organização, é importante certificar-se de que os critérios de continuidade, seqüência e integração se aplicam às experi6encias do aluno. Pode-se dizer que a organização de experiências curricular envolve planejamento efetivo prévio bem como, planejamento durante o próprio desenrolar do trabalho, mas, de maneira que possibilite obter o máximo de efeito acumulativo das diversas experiências de aprendizagens necessárias ao processo educacional.
A ressignificação curricular significa o caminho para chegar ao resultado satisfatório urgente e necessária, exige um investimento sério e sistemático na formação continuada do professor e também na informação aos pais, pois as tentativas de renovar a escola, muitas vezes, ocorrem no “saudosismo” e no status quo dos responsáveis maiores pela educação: os pais e mestres. É preciso fazer chegar a prática das salas de aula a teoria que os pensadores da educação nos oferecem. É preciso também viabilizar uma constante capacitação dos professores em serviço e demonstrar aos pais e a sociedade que a principal função da escola atual é, além de formar o cidadão, garantindo seu crescimento pessoal, social, individual e coletivo, desenvolver a autonomia moral e cognitiva, a capacidade de pensar e de tomar iniciativas e a consciência cósmica, comprometida com a preservação do planeta em defesa da vida. Na realidade, tínhamos um ensino descontextualizado, compartimentado e baseado no acúmulo de informações. Atualmente, busca-se dar significado ao conhecimento escolar, mediante a contextualização; evitar a compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade e incentivar o raciocínio e a capacidade de aprender, atendendo as mudanças na produção de bens, serviços e conhecimentos. Dessa forma, é possível chegarmos a um novo perfil de currículo, apoiado em competências básicas. Para que esse novo perfil de currículo seja implementado, é preciso haver uma mudança conceitual, que antecede a transformação procedimental e atitudinal.
Por outro lado, vivencia-se um processo de avaliação das experiências de aprendizagem cuja finalidade é verificar até que ponto tais experiências foram desenvolvidas e organizadas bem como que resultados têm produzido.Assim, o processo de avaliação compreenderá a identificação dos pontos fracos e forte e até onde o currículo é eficiente e onde necessita ser melhorado.
Na realidade, o processo de avaliação constitui-se essencialmente em determinar em que medida os objetivos educacionais estão sendo realmente alcançados pelo programa de currículo e do ensino. Na concepção da avaliação implica verificar se ocorreu mudança no comportamento humano edificando-os. Assim, o processo de avaliação começa pelos objetivos do programa educacional cujo propósito vise verificar até que ponto esses objetivos está sendo alcançado.
Portanto, a avaliação torna-se um dos meios importantes de informar a clientela da escola de fato, sobre o sucesso. O processo que norteia os princípios básicos de currículo e ensino possibilita uma visão dos principais elementos de um programa de ensino. Por isso, é importante cada professor participe do planejamento do currículo, no sentido de adquirir uma compreensão adequada desses meios e fins. Entretanto, o currículo nesta ótica é planejado por uma equipe de especialistas. Mas, não há participação dos professores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intenção educativa de uma escola é definida por seu currículo, projeto que preside as atividades escolares e orienta a ação dos professores. O currículo escolar e o plano de ação que operacionaliza a proposta pedagógica da escola. É ele que explicita a seqüência dos conteúdos (quando ensinar), as formas de estruturar e acompanhar as atividades de ensino e de aprendizagem (como ensinar e avaliar a aprendizagem) e as competências e habilidades a serem desenvolvidas (o quê e por que ensinar).
Assim, o currículo é o elo entre teoria educacional e a prática escolar ( o que realmente ocorre nas salas de aula) o instrumento que articula possibilidades necessidades, interesses, pretensões e perspectivas da escola em um conjunto de escolhas, ações, ênfases e omissões. Percebe-se que não há, na escola, atividades “extracurriculares” (expressão as vezes utilizada inadequadamente para designar as atividades extra classe) que não só se desenvolvam fora da sala de aula, mas que também façam parte do currículo escolar. O êxito do esforço e do investimento em renovar a escola depende, em grande parte, de uma retomada histórica da origem de seus problemas, para melhor compreende-los e, assim, soluciona-los. É preciso estar atento aos sinais dos tempos e ser sensível ao movimento histórico para perceber que a mudança é desdenhar o amanhã. O ser humano, sujeito histórico “datado e assinado”, ou faz as mudanças antecipando-se a elas, ou se sujeita a elas, pois não há como evita-las.
Na sociedade democrática, ao contrário do que ocorre nos regimes autoritários, o processo educacional não pode ser instrumento para a imposição, por parte do governo, de um projeto de sociedade e de nação. Tal projeto deve resultar do próprio processo democrático, nas suas dimensões mais amplas, envolvendo a contraposição de diferentes interesses e a negociação política necessária para encontrar soluções para os conflitos sociais.
Não se pode deixar de levar em conta que, na atual realidade brasileira, a profunda estratificação social e a injusta distribuição de renda têm funcionado como um entrave para que uma parte considerável da população possa fazer valer os seus direitos e interesses fundamentais. Cabe ao governo o papel de assegurar que o processo democrático se desenvolva de modo a que esses entraves diminuam cada vez mais. É papel do Estado democrático investir na escola, para que ela prepare e instrumentalize alunos para o processo democrático, forçando o acesso à educação de qualidade para todos e às potencialidades de participação social.
Para isso faz-se necessária uma proposta curricular que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes. O ensino de qualidade que a sociedade demanda atualmente expressar-se aqui como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem. A escola deve desenvolver capacidades dos alunos e ajustar sua maneira de ensinar e selecionar os conteúdos de modo a auxilia-los a se adequarem às várias vivências a que são expostos em seu universo cultural.

REFERÊNCIA

TYLER, Ralph Wilnfred. Princípios Básicos de Currículo e Ensino. Porto Alegre: Globo, 1974.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quais foram os 5 argumentos dos textos que justificam a subimissao e inferioridade da mulher ?