sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL

Os autores Gardner, Komhaber e Waker (1998, p.221) definem a inteligência interpessoal em dois estágio: A inteligência interpessoal emprega capacidades centrais para reconhecer e fazer distinções entre os sentimentos, as crenças e as intenções dos outros. No início do desenvolvimento, essa inteligência é vista como a capacidade das crianças pequenas de discriminar entre os indivíduos de seu meio ambiente e perceber o humor dos outros. Em suas formas mais desenvolvidas, a inteligência interpessoal se manifesta na capacidade de compreender os sentimentos e atitudes dos outros, agir em função deles e molda-los, para o bem ou para o mal.
Em outras palavras, essa inteligência é a habilidade de relacionar-se com outros, dialogar e convencer as pessoas próximas para um objetivo determinado, entender os sentimentos e as características pessoas dos outros e saber lidar com elas de maneira eficiente.
Estabelecimento de um Ambiente Interpessoal Positivo.

Na sociedade atual de mudanças rápidas, muitos dos alunos são privados de relacionamentos próximos e estáveis com adultos protetores, sem o apoio de famílias bem-estruturadas, algumas crianças levam para a sala de aula necessidades insatisfeitas, assediadas por muitas exigências, as escolas podem optar por negligenciar as necessidades sociais e emocionais dos alunos, mas fundamentalmente nossas instituições educacionais devem compensar isso, transformando-se em comunidades provedoras de apoio e proteção.


Embora os alunos passem suas vidas escolares em grupos, os benefícios potenciais da vida em grupo raramente são compreendidos, entretanto, a maioria das pesquisas recentes indicam que a aprendizagem é mais produtiva e divertida quando os alunos tem a sensação de pertencer a sala de aula e a mesma funciona como uma comunidade protetora. Como pode ser estabelecido um ambiente desse tipo? O ponto de partida é transformar os muitos indivíduos de uma sala de aula em um grupo eficiente. Segue-se algumas sugestões:

1.1 Critérios para a formação de grupos eficientes

1. O ambiente da sala de aula é efetivo e receptivo, o que proporciona a base de um grupo de apoio.
2. As regras da turma, mutuamente estabelecidas por alunos e professor, definem códigos adequados de conduta e são baseados em valores humanos como solidariedade e justiça.
3. Uma ênfase na aprendizagem cooperativa elimina o padrão de vencer e perder prevalente em muitas salas de aula
4. A aprendizagem é a missão bem articulada da turma.
5. As funções de lideranças são igualmente distribuídas.
6. As atividades de aprendizagem são prazerosas.
7. Os alunos têm oportunidade de desenvolver habilidades sociais, afetivas e éticas, além das habilidades escolares.




1.2 Estabelecimento de valores e regras para a sala de aula

As regras mais eficientes são aquelas criadas pelos próprios alunos, usando processos democráticos para determinar os valores da turma e a conduta adequada, os alunos podem assumir a responsabilidade por seu comportamento e para a sua participação bem-sucedida como membro de grupo.
Muitos professores envolvem seus alunos na determinação dos valores e das regras da sala de aula no início do ano letivo ou de um novo período.
Uma relação de grãs e valores, desenvolvida cooperativamente, pode ser exibida com destaque na sala de aula, recentemente uma turma de 5a série decidiu guiar seu comportamento segundo as seguintes regras:
1.Todos nesta turma têm o direito de aprender.
2.Todo aluno será criativo e original.
3.Todo aluno pensará e aprenderá de muitas maneiras.
4.Iremos nos divertir enquanto aprendemos.
5.Cooperamos com os membros do grupo.
6.Respeitaremos uns aos outros.
7.Seremos amigos uns dos outros.
Depois que as regras são estabelecidas e as atividades em sala de aula são realizadas,podem ser iniciadas discussões explicitas dos valores e do comportamento do grupo para reforçar habilidades sociais importantes ,tais como:os problemas de disciplina,conselhos rotativos de cerca de cinco ou seis alunos que fazem recomendações á turma e ao professor sobre os interesses sociais e o conselho eleito que supervisiona o funcionamento da classe.
Muitos professores afirmam que essas atividades ajudam os alunos a internalizarem as regras da turma e a assumirem a responsabilidade pelo funcionamento bem-sucedido de sua sala de aula, contribuindo para o bem-estar da turma. Muitos alunos voluntariamente aceitam as normas e os valores que sua comunidade escolar considera importantes.

1.3 Reuniões em sala de aula

Uma vez definidas as regras e os valores da sala de aula, os relacionamentos entre os alunos podem ser fortalecidos, muitas vezes, isso pode ser feito realizando-se reuniões em sala de aula uma vez por dia ou semanalmente.
No nível fundamental, muitos professores dedicam alguns minutos no início de cada dia para os alunos cumprimentarem uns aos outros, discutirem questões importantes e concentrarem sua atenção nas tarefas de aprendizagem do dia-a-dia. O nível médio, alguns professores dedicam 20 minutos por semana durante o período de aula a uma reunião “familiar”. Uma folha de agenda é afixada durante a semana, e os alunos são livres para relacionar as questões que desejam discutir.
Para garantir reuniões bem-sucedidas e positivas em sala de aula, seguem-se algumas diretrizes:
1. Determine um horário regular para as reuniões em sala de aula e a duração aproximada das reuniões.
2. solicite aos alunos que coloquem as cadeiras em círculos.
3. Escolha um mediador da reunião.
4. Explique que o propósito da reunião é dar aos alunos uma oportunidade para tratarem de seus interesses e preocupações.
5. Proporcione a todos uma oportunidade de falar.
6. Explique que todos os alunos devem sentir-se livre para expressar seus sentimentos e opiniões nas reuniões.
7. Peça para que todos tenham a mente e o coração aberto nas reuniões.
8. Encerre cada reunião agradecendo a todos por participarem, revendo as principais questões discutidas.
As reuniões de família criam um senso de interconexão e permitem o florescimento de relacionamentos positivos entre as crianças e os professores. Um senso positivo de identidade de grupo é criado quando se ouve e se demonstra respeito pelos outros. Essas reuniões podem transformar as classes em comunidades pessoais, humanas e solidárias.

A Aprendizagem Cooperativa

A aprendizagem cooperativa é uma das técnicas didáticas mais estudadas nos Estados Unidos. Há muitos modelos teóricos e fontes com várias perspectivas sobre aprendizagem cooperativa. Revendo a pesquisa sobre aprendizagem cooperativa, existe amplo acordo de que esses métodos melhoram o aproveitamento dos alunos aceleram a aprendizagem, melhoram a retenção e a memória e resultam em atitudes positivas em relação à aprendizagem. Os irmãos Johnson identificaram dois componentes essenciais de qualquer abordagem de aprendizagem cooperativa bem-sucedida, que incluem:
Responsabilidade individual: o sucesso de um grupo baseia-se na capacidade de cada membro de demonstrar que aprendeu o material necessário. Tem-se demonstrado que o aproveitamento dos alunos melhora quando o sucesso do grupo depende da combinação das notas das provas de todos os membros, ou quando os membros individuais do grupo são avaliados em relação às suas contribuições para um projeto de equipe.
Interdependência positiva: o sucesso do grupo depende da sua capacidade de trabalhar junto para conseguir os resultados desejados, como reconhecimento, notas, prêmios ou tempo livre. Simplesmente solicitar que os alunos colaborem não garante que as habilidades sociais serão aprendidas. Elas devem ser intencionalmente ensinadas.

Considerações Sobre Agrupamento Cooperativo

Quando os alunos estão começando a aprender as habilidades de cooperação, o tamanho dos grupos deve permanecer pequeno, variando de dois a quatro membros. A medida que as habilidades desenvolvem-se, os alunos tornam-se capazes de trabalhar em grupos maiores. É também importante considerar o tempo em que um grupo trabalhará junto. Os grupos se reúnem regularmente durante um período de tempo mais longo tendem a ser mais bem-sucedidos do que aqueles que só trabalham juntos ocasionalmente.
Os alunos podem ser agrupados de diferentes maneiras para diferentes propósitos. Alguns pesquisadores distinguem entre grupos de aproveitamento e grupos de trabalho. Os grupos de aproveitamento são homogêneos formados segundo os níveis de aproveitamento com o objetivo de organizar o ensino de acordo com as necessidades dos alunos. Os grupos de trabalho são mais heterogêneos e são organizados para promover interação social e também resultados escolares. Ambos dependem da cooperação.
Alguns professores experimentam agrupamentos de acordo com o sexo, mas grupos mistos mostraram-se mais bem-sucedidos. Os grupos com diversas faixas etárias também podem ser eficientes, assim, como os grupos que reúnem estudantes com habilidades diferentes. Parece que os alunos de baixo rendimento aumentam seu desempenho nos grupos heterogêneos, enquanto alunos bem-dotados beneficiam-se ao trabalhar pelo menos parte do tempo com outros alunos de alto rendimento.
Os Papéis dos Alunos

Quando os alunos são indicados para papéis individuais em seus grupos, eles se tornam participantes ativos do processo de aprendizagem e pessoalmente responsáveis por suas tarefas. Os papéis podem assumir a forma de trabalhos específicos, como ilustrador, registrador, conselheiro, mediador, orientador, controlador do tempo, sintetizador e repórter. Os papéis podem ser determinados segundo o lugar onde os alunos sentam-se, desenhado-se cartões de tarefas, por indicação do professor ou pelo consenso do grupo.

Habilidades Sociais

É essencial que as habilidades sociais sejam ensinadas como parte de qualquer experiência de aprendizagem cooperativa. Os alunos não têm habilidades interpessoais inerentes, nem essas habilidades emergem automaticamente colocando-se os alunos em grupos. Por isso, eles devem aprender e compreender sua importância. As habilidades sociais comuns incluem organizar grupos eficientes, demonstrar comportamento adequado, usar habilidades de aprendizagem eficientes e criticar e avaliar cooperativamente as idéias.
Uma vez que as habilidades sociais tornem-se internalizadas, elas permitem aos alunos trabalharem efetivamente com os outros ao mesmo tempo em que melhoram seu aproveitamento escolar e desenvolver importantes habilidades para a vida toda.





Atividades da Aprendizagem Cooperativa

As três atividades que se seguem, que os Johnson acharam especialmente eficazes, incluem o quebra-cabeça, a resolução de problemas em voz alta e as discussões cooperativas de literatura. Elas estão descritas abaixo.
Quebra-Cabeças
O Quebra-Cabeças, é uma técnica eficiente que desenvolve a interdependência positiva entre os membros do grupo. É adequado para o estudo de textos ou outros materiais escritos em qualquer área de conteúdo. Os passos para uma atividade de quebra-cabeças são os seguintes:
1. Selecione uma habilidade social que os alunos devem praticar . Proporcione aos alunos uma base para a prática da habilidade específica.
2. Organizar os alunos em pequenos grupos de três a cinco membros.
3. Distribua um conjunto de materiais para cada grupo. O conjunto precisa ser divisível pelo número de membros do grupo Dê a cada membro uma parte do conjunto de materiais.
4. Passe aos alunos a tarefa de se reunir com outra pessoa da sala de aula que seja membro de outro grupo de aprendizagem e que tenha o mesmo conjunto de materiais.
5. Envie os alunos de volta a seus grupos originais, nos quais se revezarão, ensinando suas áreas de especialidades aos membros do grupo.
6. Peça a cada membro do grupo para testar os outros até ficar satisfeito com a aprendizagem de todos.
7. Avalie o domínio da informação por parte de cada aluno, assim como a habilidade social selecionada de qualquer maneira adequada.

Resolução de Problemas em Voz Alta

Esta atividade é adequada ao uso com folhas de exercício ou material de prática e treino.
1. Identifique uma habilidade social para ser desenvolvida, assim como uma base para fazê-lo.
2. Organize grupos pequenos de aproximadamente quatro alunos e entregue a cada grupo uma folha de exercícios.
3. Exemplifique a resolução de problemas em voz alta com um problema da folha de exercícios.
4. Instrua os grupos a começarem com cada membro do grupo manifestando-se em voz alta para resolver o problema. Os outros alunos verificam a exatidão do raciocínio e também a resposta correta e sugerem quaisquer alterações na estratégia da resolução do problema.
5. Além disso, advirta os grupos de que, para qualquer indivíduo ser bem-sucedido, todos os outros membros do grupo devem saber todas as informações da folha de exercícios.
6. Para a avaliação,o professor pode dar aos alunos outra folha de exercícios com problemas similares a serem resolvidos.Individualmente,os alunos respondem ás perguntas e recebem notas individuais.Ao avaliar o desempenho,deve-se prestar atenção á habilidade social que foi praticada.

Discussão Cooperativa de Literatura

No ensino médio,os alunos podem habilidades sociais avançadas.Na atividade que se segue ,eles aprendem a participar da discussão enquanto criticam as idéias dos outros.
1.Defina um texto de literatura para os alunos lerem.
2.Prepare fichas de “fala” e “crítica ”.As fichas de fala devem consistir em quadrados de papel ou peças de plástico vermelho em número suficiente,de tal forma que caibam a cada aluno três fichas.
3.Prepare perguntas de discussão que estimulem a interpretação individual dos personagens,dos temas e dos acontecimentos da história.Divida os alunos em pequenos grupos e dê a cada um conjunto de perguntas de discussão.
4.Explique aos grupos que uma ficha vermelha vai para o centro da mesa cada vez que um aluno responder a uma pergunta.Uma ficha azul é acrescentada para cada crítica.Enfatize que as críticas dos alunos devem ser baseadas em idéias compartilhadas ,e não devem ser depreciativas ou dirigidas aos indivíduos.Cada aluno deve responder a uma pergunta,e toda vez que alguém falar deve colocar uma ficha na mesa.Como todos estão limitados pelo número de fichas recebidas,ninguém pode dominar a conversa.
5.O professor provavelmente monitorará os grupos durante suas discussões para garantir que são as idéias,não os indivíduos,que estão sendo criticadas e que tidos os alunos estão contribuindo da mesma maneira.
6.Pode ser conduzida uma avaliação de indivíduos,grupos ou ambos.
Quer os educadores dediquem ou não uma parcela importante dos esforços do seu ensino a esse método,a aprendizagem cooperativa,quando usada,torna a escola agradável e aumenta o sucesso dos alunos e também dos professores. Quando os alunos trabalham pronta e interessadamente uns com os outros, seu entusiasmo por tais atividades torna o ensino mais agradável.



Cooperação dos Alunos na Sala de Aula Multilíngue

Outra abordagem do trabalho em grupo, desenvolvida por Elizabeth Cohen, na Universidade de Stanford, trata de diferenças lingüísticas, étnicas e de habilidades em turmas heterogêneas. O modelo de Cohen, chamado Instrução Complexa, estimula a confiança inter-racial e interétnica à medida que os alunos aprendem a usar um ao outro como recursos lingüísticos e escolares. O termo Instrução Complexa refere-se a diferentes grupos de crianças que trabalham, ao mesmo tempo em diferentes pontos da sala de aula. Cada centro tem um cartão de atividades para o grupo, além das folhas de exercícios individuais. O grupo não pode mover-se para outro centro, até que cada membro do grupo tenha terminado a tarefa. As tarefas são de natureza multimodal e enfatizam a aprendizagem de sua realização. As perguntas formuladas ou os problemas a serem resolvidos são abertos, não havendo apenas uma única resposta certa.
A cada membro do grupo é atribuída uma função para garantir a responsabilidade. Uma pessoa de cada grupo atua como o mediador que garante que todos recebam a ajuda que necessitam. As funções são postas em rodízio para se compartilhar a liderança.
Os professores apresentam as tarefas diariamente, descrevendo diferentes habilidades individuais que cada uma requer. Os alunos são informados de que ninguém será bom em todas as tarefas, mas que cada membro do grupo provavelmente terá um bom desempenho em pelo menos uma delas. Os professores também fazem um esforço especial para reconhecer as habilidades daquelas crianças que normalmente são desprovidas de status ou prestígio na sala de aula.



Gerenciamento de Conflitos

Durante a primeira infância formamos nosso senso de identidade e desenvolvemos nossos métodos de enfrentar a frustração e o conflito. Como as escolas só são superadas pelas famílias na formação das atitudes e dos valores das crianças, elas podem desempenhar papéis importantes no ensino de modos de se lidar com os conflitos. O conflito como parte inevitável da vida, pode ser encarado como um desafio que pode ensinar maneiras positivas e construtivas de lidar-se com as discordâncias. Uma maneira de introduzir o gerenciamento de conflitos e identificar suas causas comuns.

Algumas Causas Comuns d Conflito

1. As necessidades individuais não estão sendo satisfeitas.
2. O poder está sendo distribuído de maneira desigual.
3. A comunicação é ineficaz ou não-existente.
4. Os valores ou as prioridades diferem.
5. A percepção de uma situação varia.
6. As abordagens da aprendizagem ou as personalidades diferem.
Outro aspecto interessante do conflito é como os indivíduos reagem a ele. As pessoas exibem vários estilos de gerenciamento do conflito incluindo os seguintes: competição, colaboração, esquiva, acomodação e compromisso.
Após uma discussão das respostas acima, pode ser interessante que os alunos observem que estilo usam com mais freqüência nas situações de conflito. As discussões podem incluir também estilos alternativos que os alunos desejem desenvolver.

Processo de Gerenciamento de Conflitos de Gordon

Passo 1: Identificar e definir o conflito.
Passo 2: Identificar as possíveis soluções.
Passo 3: Discutir as possíveis soluções.
Passo 4: Escolher a melhor solução.
Passo 5: Desenvolver um plano para implementar a solução.
Passo 6: Implementar, rever e modificar a solução.
Para apresentar o processo de gerenciamento de conflitos aos alunos, o professor pode pedir à turma que sugira um problema geralmente observado na escola, como “matar” aula ou interromper os outros. Os voluntários podem representar indivíduos fictícios, como um aluno que tem “matado” aula e um professor que está preocupado com sua ausência. A representação deve incorporar o processo dos seis passos de Gordon, com a turma observando o procedimento. Em seguida, o professor pode dividir os alunos em pequenos grupos, instruindo cada um deles a escolher uma fonte de conflito diferente e resolve-la com o procedimento dos seis passos.
O programa do ICPS (I Can Problem Solve) ensina as crianças maneiras de pensar sobre sues próprios sentimentos e os sentimentos dos outros, o impacto do seu comportamento nos outros e diversas abordagens para resolver os problemas. Isso reduz significativamente comportamentos impacientes, agressivos e de isolamento social, que são indicadores de alto risco de problemas posteriores, como violência, abuso de substâncias e evasão escolar. Em seu uso com milhares de crianças, tanto de grupos de baixa renda quanto de grupos de renda média, em todo o país, o ICPS tem melhorado consistentemente as relações positivas entre os pares, o interesse pelos outros, a capacidade e a disposição para compartilhar, a cooperação e a ajuda aos outros em situações de dificuldade. Esse programa bastante pesquisado documenta benefícios a longo prazo que evitam a ocorrência de problemas sociais e emocionais na adolescência.

Aprender pelo Serviço

Segundo Youth Service American, os alunos voluntários doam anualmente ao Ensino Médio 17 milhões de horas de trabalho gratuito, que em solares é estimado em quase 60 milhões.
Integração do Serviço a um Programa Escolar

Muitos professores e administradores estão encontrando maneiras criativas de incorporar o Serviço como parte de seus programas escolares. Em umas escolas o serviço comunitário e integrado é exigido no currículo escolar. Em outras palavras, é oferecido como opção aos alunos.
Os Serviços podem ser os seguintes modelos:
Centro de Informação para voluntários: Algumas escolas abordam a integração do Serviço estabelecendo um local central na escola que identifica as oportunidades do voluntários.
Clube ou atividade Paracurricular: os alunos realizam serviço comunitário através de clubes que funcionam após as aulas ou de organizações Paracurriculares.
Crédito pelo Serviço comunitário: Muitas escolas não apenas estimulam a aprendizagem através de Serviço, mas também oferecem crédito aos alunos que são voluntários, segundo as diretrizes da escola.
Serviço como aplicações autênticas de um curso existente: Os alunos realizam o serviço como uma maneira de reunir, testar e aplicar as informações de um curso existente na escola.
Turma de Serviço Comunitário: Algumas escolas oferecem um curso de serviço comunitário geralmente uma turma de estudos sociais de um semestre. Muitas turmas de serviço tem duas horas de duração, permitido que os alunos encontrarem tempo para seus projetos.
Serviço Comunitário como um Compromisso de âmbito Escolar: Esse serviço comunitário não é uma atividade isolada mas faz parte integral do programa escolar total por exemplo: os alunos aplicar os seus conhecimentos e as habilidades de suas disciplinas para melhorar a qualidade de vida da comunidade local.
Reflexão sobre a aprendizagem no Serviço
Os professores implementam forma de aprendizagem através de serviço estimularão os alunos a refletirem regularmente sobre suas experiências. Essa reflexão ajuda na resolução de problemas da vida real.
Essa reflexão pode ser promovida de várias maneira: através de reuniões semanais em sala de aula de encontros individuais com os professores e/ou membros da comunidade e da manutenção de registros.
A aprendizagem através do Serviço estimula a ética de proteção e de comunidade dentro de uma escola, também estabelece parcerias positivas entre as escolas e a comunidades. Os alunos aprendem que a educação é mais que a assimilação de informações: É um meio de melhorar a vida dos outros.

Respeitar as Diferenças

Para ajudar os alunos a desenvolverem a capacidade de respeitar as diferenças, é importante tanto exemplificar os comportamentos quanto usar estratégias que articulem os conceitos de estilo de aprendizagem. É fundamental que a indicação das diferenças individuais seja acompanhadas de uma ênfase na neutralidade das variações de estilo.

Ensinar aos Alunos os Estilos de Aprendizagem

• Há várias atividades perceptivas e quebra-cabeças que ajudam os alunos a compreenderem diferenças no estilo. Uma delas é uma simples associação de palavras.
• Há muitas ilusões óticas e tarefas de percepção visual que ilustram o mesmo ponto, como o conhecido desenho de vasos e rostos que pode ser encontrado em muitos livros de ilusão de ótica.
• Pode-se apresentar aos alunos um quebra-cabeças para resolver ou um problema lógico que seja breve e adequado para seu nível de desenvolvimento.
• Os alunos podem discutir questões relacionadas às suas próprias vidas, como música, aprender a andar de bicicleta, jogar videogames ou outros passatempos.
• Quando os alunos terminam um projeto é conveniente discutir como eles se sentiram realizando a tarefa.
• Há também oportunidades de captar-se o momento ideal para ensinar, no qual uma criança descreve como realiza determinada tarefa.
Muitos professores aplicam provas e testes para que os alunos possam identificar padrões em sua própria aprendizagem e também atividades formais que descrevem as aplicações desses padrões.
Talvez o mais importante seja que os professores devem servir de exemplo de apreciação das diferenças individuais em seus comportamentos durante todo o dia na escola. Deve-se esperar que todos os alunos desenvolvam as mesmas habilidades e adquiram a mesma competência- aprender a ler por exemplo, saber como multiplicar frações, escrever as palavras corretamente, ou compreender a importância histórica dos acontecimentos, mas os professores devem estar conscientes de que nem todos os alunos compreendem e desenvolvem competências da mesma maneira. Os educadores que respeitam essa distinção, que mantêm altas expectativas para todos os alunos, ao mesmo tempo em que apreciam e celebram a diversidade nas maneiras de aprender, ensinarão mais através do seu comportamento do que através das estratégias.

Desenvolvimento de Perspectivas Múltiplas

Nossas percepções dos outros e das diferentes situações originam-se de nossas experiências de vida, sistemas de valores, suposições e expectativas. Embora seja bastante fácil determinar que todos percebem o mundo diferentemente esse conceito é difícil de internalizar. É necessário esforço repetido e contínuo para enxergar o mundo através dos olhos dos outros e compreender as situações de pontos de vistas diferentes. O pluralismo intelectual é a capacidade para analisar ou avaliar perspectivas diferentes ou opostas. As atividades que se seguem solicitam que eles considerem perspectivas múltiplas em suas interações com os outros.
Os alunos em geral, ficam surpreendidos ao ver que os outros normalmente nos percebem de uma maneira diferente daquela como nós nos percebemos. Uma outra forma de auxiliar os alunos a explorarem pontos de vista é estimular a compartilhar suas reações frente a uma variedade de situações. Outra abordagem para se enxergar através dos olhos, das mentes e dos corações dos outros é infundir perspectivas globais a todas as áreas do currículo incluindo artes e ciências, literatura e atividades extracurriculares visando os recursos disponíveis na maioria das comunidades, os alunos podem explorar diferenças e semelhanças através da literatura, da música, dos jogos ou das artes de diversos países.
Roda dos Sistemas
Os últimos anos testemunharam um interesse crescente no impacto a longo prazo do comportamento humano sobre os sistemas natural e feitos pelo homem.

Resolução dos Problemas Locais e Globais

Os alunos geralmente estão ansiosos para lidar com os problemas da vida real. Quando recebem informações sobre os problemas globais atuais e quando aprendem os processos de resolução de problemas, surpreendem os adultos com suas abordagens simples e espontâneas para lidar com necessidades prementes.
Pode-se ensinar aos alunos os processo de resolução de problemas para lidar com os interesses locais e mundiais. O processo começa com determinados alunos ou pequenos grupos que pesquisam uma questão local ou mundial. Depois os alunos conduziram sua pesquisa, podem ser iniciadas os seguintes passos de resolução de problemas:
Passo 1: Em pequenos grupos, estimule os alunos a compartilharem seus pensamentos, sentimentos e idéias sobre os problemas que pesquisaram. Essas discussões proporcionam oportunidades para os membros do grupo conhecerem um ao outro e também compartilharem as reações afetivas em relação ao problema em questão.
Passo 2: Em seguida os membros do grupo podem rever o que já sabem sobre a questão e categorizar as idéias chave gerada pelo grupo. Esse é um dos passos para uma resolução de problemas.




Educação Multicultural

No que diz respeito a educação, os autores percebem que é necessário uma educação multicultural que atenda as necessidades de todos os grupos sociais raciais e étnicos, com temáticas que favoreçam o respeito entre os alunos de grupos diferentes.
O trio de autores apontam alternativas que podem melhorar a convivência de grupos
Distintos no ambiente escolar como a utilização de exemplos relacionados a realidade cultural dos alunos, apresentar os assuntos a partir de culturas diferentes, utilização dos princípios de eqüidade, cooperação e respeito na sala de aula.
Para facilitar a compreensão da diversidade cultural eles sugerem que se construa temáticas para serem estudadas a partir da cultura dos grupos existentes no ambiente escolar. Onde os alunos terão que pesquisar e apresentar resultados com relação a temática escolhida.
Acredito que como um aprimoramento da proposta anterior foi criado o culturograma cuja função é desenvolver pesquisas que permitam a compreensão de outras culturas. O culturograma aborda 24 temáticas que permitem ao alunos a compreensão das práticas, costumes e realidades dos grupos pesquisados.

A Tecnologia que aprimora a Inteligência Interpessoal

Tomando como exemplo as pesquisas atuais que mostram o trabalho em grupo pode facilitar a aprendizagem, se tem permitido aos alunos compartilharem, estudarem e desenvolverem trabalhos em grupos, onde eles possam utilizar tecnologia apartir de novas tecnologias de ensino-aprendizagem na sala de aula. Estas pesquisas também apontam para o desenvolvimento de habilidades interpessoais através de teleconferências para a resolução de problemas que dizem respeito a todo o mundo. Este tipo de aprendizagem tem rompido as barreiras culturais e ajudado alunos e professores que utilizam este método de aprendizagem a desenvolver suas habilidades interpessoais.

CONCLUSÃO

A Inteligência interpessoal é a habilidade para entender e responder adequadamente a temperamentos, humores, desejos e motivações de outras pessoas. A inteligência interpessoal se manifesta na criança pequena, na sua forma mais primitiva como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais complexa, como a habilidade para perceber desejos e intenções de outras pessoas e para reagir de forma apropriada partindo dessa intenção. A inteligência interpessoal é mais facilmente identificada na observação de vendedores bem sucedidos, professores, psicoterapeutas e políticos.

Um comentário:

lea disse...

Otimo conteúdo, irei apresentá-lo no meu seminário