sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DA INTERIORIDADE DO MELÃO SOBRE A RAZÃO

DA INTERIORIDADE DO MELÃO SOBRE A RAZÃO


“ Da interioridade do melão sobre a razão”, nos remete a idéia de que um pensamento pode ser produzido radicalmente por um corpo choca as consciências que têm familiaridade com a história da filosofia.. Para muitos filósofos as experiências radicais ao longo do das quais o corpo surge iluminado, produz visões gerando concepções de mundo coerentes e estruturadas. O corpo é um estranho lugar em que circulam energias e forças, assim, elaboram experiências existenciais que se configura como estruturas lógicas. Assim, o culto acerca da razão enquanto domínio do pensamento provocou vários filósofos a relatar sua experiências. Entende-se que a razão só produz ordem quando o corpo fornece os materiais necessários a sua existência.
Percebe-se que o paradigma da razão, da lógica, seja possível distinguir uma ação e também a voz e os sussurros dos demônios. Entretanto, para se compreender a natureza desse fenômeno é preciso analisar o que pode ser a possessão para os filósofos. O divino reside no corpo e pelo menos pode-se pensar, nos argumentos de Nietzsche que mantém relações íntimas com o corpo. O demônio também é indicador fiel em matéria religiosa. O corpo é o lugar dessa dinâmica sutil, e compreende a mediação realizado da consciência.
O demônio exprime uma pressão, uma força que permite a construção de uma identidade socrática em sua essência. Em Sócrates o corpo é excepcional, é uma máquina na qual se efetuam as cristalizações destinadas a se tornar pensamentos singulares. O autor enfatiza que quanto mais o corpo é habitado por interrogações, dúvidas, mais ele está em estado de tensão e exige da carne a solução de seus conflitos.
As oscilações existentes entre o id e o superego produz um estado mental horrível que ataca o corpo. Para Nietzche o corpo é uma grande razão. O corpo aparece como uma formidável máquina de produzir sentidos. E na origem do pensamento, o corpo é que deve ser eleito. Além disso, a linguagem é um recurso improvável do corpo para tentar em vão uma circunstância dessa iluminação.
Conforme o autor diz: inaugurando o método freudiano balbuciante, Descartes tenta estabelecer uma relação simbólica e provida de sentido entre os objetos do sonho e uma equivalência inteligível. No primeiro sonho, em que havia um melão, trata-se de compreender a que pode corresponder essa fruta. Ele opta por “os encantos da solidão”, mas apresentados por solicitações puramente humanas. De outra forma, pelo desejo de tortura o corpo como dizer melhor que o melão sempre precede a razão.
Freud, considera que em seu estado de pecado, essa associação poderia figurar uma representação sexual que tenha ocupado a imaginação do jovem solitário.
Ainda diz: eliminando o amigo matemático, está em jogo o equilíbrio de Descartes. Apóia-se no fato de que Deus é o inspirador do sistema, descartes é a mediação desse poder absoluto. Assim, a leio do corpo e a lógica dos órgãos serve para inclinação do interior.
Percebe-se ainda segundo o autor que as partes do corpo são afetadas uma a uma: relaxamento dos músculos, tremores nos joelhos e de todos membros. Enquanto Rosseau constata razões que ele condena o real, por outro lado, considera que prefere investir no imaginário e no real conforme seus desejos. Entre o corpo e a consciência, em Nietzche, efetua-se um trabalho dinâmico sob forma de idas e voltas: a emoção produz um corpo que gera emoções e a linguagem faz o resto.

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