sábado, 16 de janeiro de 2010

O AMOR, A FAMILIA E A LIBERDADE

Que pode ser uma criatura senão,
entre as criaturas amar?
Carlos Drummond de Andrade

A Família é a célula da sociedade e a escola não poderá suprir as carências deixadas por uma família ausente.Segundo a autora a escola não consegue atingir seus objetivos efetivamente sem a participação da família. A família deve acompanhar a vida escolar dos filhos. Falam da falência da família, talvez isso se deva pelo descaso de alguns pais que ao longo das décadas tem desprezado seus filhos e abandonado suas responsabilidades. Conforme a autora enfatiza todos usam máscaras, os filhos, os pais, cada um esconde a verdade os filhos, os filhos escondem suas travessura e os pais suas aventuras extraconjugais.
Desse modo enfatiza a autora o triângulo pai-mãe-filho, já tentaram organizar de outra maneira, mas sem sucesso. Infelizmente a família moderna tem sido caracterizada pela falta de amor. Para Rousseau, o homem nasce bom, no entanto a sociedade o corrompe. O homem primitivo segundo Rousseau era diferente do homem ambicioso. Era gente que amava e vivia com gente. Além disso, não havia uma competição desenfreada como atualmente existe para se ter tudo a todo tempo.
A humanidade perdeu o essencial, e a sociedade dos competitivos que querem ser melhores em tudo, do ter o melhor carro, a melhor casa, etc. Entretanto, a construção de uma nova sociedade passa pela construção de uma nova família. Dessa forma, entende-se que a família ainda é a solução para educação das gerações, tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar os valores éticos e morais da sociedade.
Sabe-se que os filhos se espelham nos pais e os pais desenvolvem uma certa cumplicidade com os filhos. Por outro lado a autora chama atenção para os péssimos exemplos de atitudes que ocorrem, onde os pais agem de forma desonesta, por isso, não passam valores morais adequados. As situações constantes de agressividade, violência, brigas e desentendimento, alcoolismo, machismo, preconceito e discriminação.
Conforme a autora a família poderá produzir e reproduzir o medo dentro do lar, no entanto, deveria ser o lugar do diálogo e não das máscaras, mas de ações transparentes.
Constata-se que a família autoritária prioriza a obediência e a submissão sem questionamento dos padrões estabelecidos. Para essa autora esse tipo de situação o indivíduo que somente aprende a obedecer não estará preparado para enfrentar a sociedade do século XXI. Entretanto, é fundamental explicar o motivo aos filhos e o porque se deve obedecer a determinado assunto. Uma educação baseada no diálogo produz resultados satisfatórios.
De fato, a preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser humano são responsabilidades da família. Assim, o conflito de gerações gera a inversão de valores no sentido de que os filhos passam a adotar posturas autoritárias frente aos pais submetendo-os as suas vontades e desejos egoístas. Uma família marcada pela indiferença e amor exagerado significa opressão. Ao contrário uma família com equilíbrio, serenidade, bom senso e o respeito, significa uma conviver com liberdade, sempre respeitando os espaços um do outro sem invasão promove uma convivência saudável em família. Na realidade, a verdade predomina, uma vez que não existe a necessidade para mentiras, não existe o medo porque foram excluídos a opressão e os castigos.
Sartre adverte para o perigo do homem projetar sua felicidade no outro. Geralmente as pessoas têm a tendência de projetar seus sonhos nos outros. Na sociedade atual os filhos sentem-se proprietários dos pais e muitas vezes os papéis são invertidos, uma vez que os filhos querem dominar os desejos dos pais. A convivência diária não é fácil mas que pode ser prazeroso se existir amor na relação familiar.

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