sábado, 16 de janeiro de 2010

O SER HUMANO, ESSE GIGANTE

O SER HUMANO, ESSE GIGANTE


De fato, muito já se comentou sobre a educação, além disso, esse tema antigo relacionou teses, opiniões e experiências. O presente estudo envolve outro foco, não apenas fornecer as informações, mas o afeto através da educação. Há várias formas de transmitir o conhecimento, mas que somente completa com o amor. A troca em ensinar e permitir-se aprender requer compromisso e respeito.
Na realidade, sabe–se que o educador que não acredita no aprendizado nem se preocupa com o aprendiz e sua particularidade, este não ensina nem aprende. O ser humano sempre busca a felicidade e a educação, deve ser para felicidade. Trazer histórias, discutir valores falar da vida, o que se pretende isso remete a questão da importância do professor.
Pergunta-se qual o papel da escola? A resposta não é simples, talvez por não termos questionamentos de saber que tipo de aluno queremos formar? O professor deve preparar seu aluno para que ele possa trabalhar em grupo e atuar na família e na comunidade.
Metodologicamente começaremos pela reflexão. É necessário refletir sobre a humanidade, a criança, o jovem e o idoso. Neste contexto, é possível dizer que a educação tem seu espaço na escola, mas ela se deve servir tanto a vida como para a felicidade.
Segundo Gabriel Chalita (2001), quando se refere as questões sobre o ser humano, esse gigante, nos leva a entender que todos necessitam de amor. Assim, conforme Drummond diz: “Que pode ser uma criatura senão, entre as criaturas amar?”.
Pode-se dizer que, a Família é a célula da sociedade e a escola não poderá suprir as carências deixadas por uma família ausente.Segundo a autora a escola não consegue atingir seus objetivos efetivamente sem a participação da família. A família deve acompanhar a vida escolar dos filhos. Falam da falência da família, talvez isso se deva pelo descaso de alguns pais que ao longo das décadas tem desprezado seus filhos e abandonado suas responsabilidades. Conforme a autora enfatiza todos usam máscaras, os filhos, os pais, cada um esconde a verdade os filhos, os filhos escondem suas travessura e os pais suas aventuras extraconjugais.
Desse modo enfatiza a autora o triângulo pai-mãe-filho, já tentaram organizar de outra maneira, mas sem sucesso. Infelizmente a família moderna tem sido caracterizada pela falta de amor. Para Rousseau, o homem nasce bom, no entanto a sociedade o corrompe. O homem primitivo segundo Rousseau era diferente do homem ambicioso. Era gente que amava e vivia com gente. Além disso, não havia uma competição desenfreada como atualmente existe para se ter tudo a todo tempo.
A humanidade perdeu o essencial, e a sociedade dos competitivos que querem ser melhores em tudo, do ter o melhor carro, a melhor casa, etc. Entretanto, a construção de uma nova sociedade passa pela construção de uma nova família. Dessa forma, entende-se que a família ainda é a solução para educação das gerações, tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar os valores éticos e morais da sociedade.
Sabe-se que os filhos se espelham nos pais e os pais desenvolvem uma certa cumplicidade com os filhos. Por outro lado a autora chama atenção para os péssimos exemplos de atitudes que ocorrem, onde os pais agem de forma desonesta, por isso, não passam valores morais adequados. As situações constantes de agressividade, violência, brigas e desentendimento, alcoolismo, machismo, preconceito e discriminação.
Conforme a autora a família poderá produzir e reproduzir o medo dentro do lar, no entanto, deveria ser o lugar do diálogo e não das máscaras, mas de ações transparentes.
Constata-se que a família autoritária prioriza a obediência e a submissão sem questionamento dos padrões estabelecidos. Para essa autora esse tipo de situação o indivíduo que somente aprende a obedecer não estará preparado para enfrentar a sociedade do século XXI. Entretanto, é fundamental explicar o motivo aos filhos e o porque deve-se obedecer a determinado assunto. Uma educação baseada no diálogo produz resultados satisfatórios.
De fato, a preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser humano são responsabilidades da família. Assim, o conflito de gerações gera a inversão de valores no sentido de que os filhos passam a adotar posturas autoritárias frente aos pais submetendo-os as suas vontades e desejos egoístas. Uma família marcada pela indiferença e amor exagerado significa opressão. Ao contrário uma família com equilíbrio, serenidade, bom senso e o respeito, significa uma conviver com liberdade, sempre respeitando os espaços um do outro sem invasão promove uma convivência saudável em família. Na realidade, a verdade predomina, uma vez que não existe a necessidade para mentiras, não existe o medo porque foram excluídos a opressão e os castigos.
Sartre adverte para o perigo do homem projetar sua felicidade no outro. Geralmente as pessoas têm a tendência de projetar seus sonhos nos outros. Na sociedade atual os filhos sentem-se proprietários dos pais e muitas vezes os papéis são invertidos, uma vez que os filhos querem dominar os desejos dos pais. A convivência diária não é fácil mas que pode ser prazeroso se existir amor na relação familiar.
Por conseguinte, tendo em vista as teorias de Chalita (2001), que discute o papel da família, da criança, do jovem e do idoso. Entende-se que a relação entre escola-família-comunidade e professor como mero transmissor de conteúdos não cumpre a função social da escola. A escola deve ser um espaço de aprendizagem e do exercício para a cidadania, devendo reforçar a qualidade do ensino, no sentido de possibilitar a superação das dificuldades e jamais duvidar quer todos podem aprender.
Neste contexto, é fundamental que as famílias estejam preparadas para acompanhar os jovens e oportunizar um lugar na sociedade. O projeto de vida da família começa a partir da educação das crianças. Vale ressaltar que existem sociedades nas quais a passagem da idade infantil para a adulta se faz gradativamente; a criança vai recebendo funções e direitos, o que faz desaparecer as características do que chamamos de “crise da adolescência”, a grande maioria das crianças tanto é mal informada como mal orientadas em relação aos assuntos como: cidadania, mercado de trabalho, drogas, sexualidade, métodos anticoncepcionais, doenças sexualmente transmissíveis. O que muitas vezes cria sérios problemas, pouco se sabe sobre sua sexualidade. Muitos vivem em ambientes se promiscuidade, outros se prostituem para sobreviver e são mais explorados.
Segundo Teberosky (1997) em entrevista a Revista Nova Escola, enfatizou sobre a Educação Infantil, porém deixa claro que temos de fazer divisões entre as idades psicológicas. Sabe-se que a época do desenvolvimento sensório-motor e o começo da linguagem, que compreende entre os 03 aos 06 anos de idade talvez seja a época de maior ritmo de aprendizagem do ser humano. Enfim, pode-se dizer ainda que segundo Eduardo Kalina, “O primeiro grande salto para a vida é o nascimento e o segundo é a adolescência”.

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