sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DISLALIA

DISLALIA

É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada.Trata-se de falhas de articulação cuja origem pode ser orgânica (defeitos na arcada dentaria, lábio leporino, freio da língua curto, língua de tamanho acima do normal) ou funcional (a criança não sabe mudar a posição da língua e dos lábios).

DISLALIA
Tipos Caracteristicas Exemplos:
Omissão

Acréscimo
Distorção


Substituição

Gamacismo


Lambdacismo

Rotacismo


Sigmatismo Não pronuncia alguns sons.

Introduz mais um som.
Deixa a língua entre os dentes ao emitir os fonemas [s] e [z], deformando-os.
Troca alguns sons por outros.

Omite ou substitui os fonemas [k] e [g] pelas letras de d e t.
Pronuncia o l de maneira defeituosa.
Substitui o r, como faz o Cebolinha, personagem de Mauricio de Souza
Usa de forma errada ou tem dificuldade em pronunciar as letras s e z (às vezes não consegue nem soprar ou assobiar). “Ömei ao ola.” (Tomei coca-cola.)
“ Atelantico.” (Atlântico)
[s]: sol, assar, peca, cebola, descer, aproximar.
[z]: azedo, asa, exame.
“Telo a boneta” (Quero a boneca.)
“Tadeira” (Cadeira.)
“Dato” (Gato.)

“palanta” (planta)
“confilito” (conflito)
“tleis” (três)


“caça” (casa)
“acedo” (azedo)





A Dislalia que não tem causa orgânica – a dislalia funcional – é freqüente em filhos caçulas. Por terem uma posição importante na família e por não necessitarem de muito esforço para serem compreendidos, os caçulas em geral tendem a conservar as formas de articulação infantis. Quando entram em contato com outras crianças, no ambiente escolar por exemplo, começam a ser criticados e provavelmente ficarão traumatizados por isso.
A dislalia funcional pode acontecer também com filhos de estrangeiros que em causa usam a língua de origem, o que obriga a criança a ter ao mesmo tempo dois sistemas diferentes de articulação.
Para avaliar e tratar qualquer tipo de dislalia é necessário fazer um exame fonético, através de diálogos e listas de palavras para serem lidas ou repetidas. É preciso também reconstituir a historia do dislalico pela anamnese*. Paralelamente, examinam – se os órgãos envolvidos na articulação.
O tratamento das dislalias consiste em exercícios articulatórios feitos diante do espelho e de treino de movimentação da língua e dos lábios. É uma verdadeira ginástica vocal que deve ser conduzida através de jogos disfarçados, levando-se em consideração o aspecto emocional, para não cometer o erro de aplicar uma correção mecânica, às vezes traumatizante.
A dislalia, como todos os problemas da fala, interfere no aprendizado da língua escrita. Para evita-la, o professor de pré- escola deve ajudar a criança a usar seus órgãos fonoarticularios de maneira adequada.
DÉFICIT DE ATENÇÃO: UM DIAGNÓSTICO QUE PODEMOS FAZER


Algumas crianças vivem no mundo da lua, outras parecem plugadas na tomada. Mas nem todas precisam de tratamento. Que tal medir o grau de TDA do seu aluno, antes de encaminha-lo ao psicólogo?
Alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, contudo, é preciso observá-los atentamente. Existe hoje uma tendência pelo diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção (TDA). Mas nem sempre o comportamento que destaca o aluno do grupo está relacionado ao distúrbio. Há uma série de componentes sociais que também levam a criança a manifestar-se de modo não-convencional. Por isso, informar-se sobre o assunto e conversar com os pais são os primeiros passos na busca de um encaminhamento para a questão.
Apesar de a medicina ainda não contar com dados conclusivos sobre formas de tratamento, o TDA é considerado um distúrbio psiquiátrico, portanto, uma doença. Na escola, os indícios de que uma criança possui esse mal precisam ser registrados por no mínimo seis meses antes de encaminhar o aluno a um possível tratamento.
Sem identificar com precisão os limites entre o desenvolvimento natural da criança e um distúrbio psiquiátrico, escolas, pais, psicólogos e médicos travam uma queda de braço. De um lado, há o temor de que diagnósticos errados levem crianças com apenas 6 anos a usar medicamentos controlados- os de tarja preta. De outro, existe a necessidade de identificar o transtorno com a ajuda médica e fazer o uso do tratamento.
O portador de TDA não precisa ser tratado como especial. O conselho é de Sílvia Russo, coordenadora pedagógica do Colégio Assunção, de São Paulo. Há dois anos, a escola acolheu um adolescente diagnosticado e tomando medicação. A equipe conseguiu integrá-lo ao grupo com estratégias nada complicadas, como sentá-lo sempre na primeira fileira, e manter contato estreito com a família. “Há pais que preferem ignorar completamente o comportamento dos filhos e jogam para os professores a responsabilidade por uma educação”, alerta o psicanalista Carlos Alberto de Mattos Ferreira, do Rio de Janeiro.

OS TIPOS DE TDA

O TDA pode se manifestar de duas maneiras opostas. Uma delas, mais freqüente em meninas, se caracteriza pela desatenção. Os alunos parecem fingir que não escutam quando lhe dirigem a palavra e têm dificuldade em seguir instruções ou concluir tarefas.
De outro tipo de TDA, que acomete mais meninos, resultam a hiperatividade ou a impulsividade. Os hiperativos mexem-se sempre, falam muito e não se envolvem silenciosamente nos projetos. Os impulsivos, por sua vez, antecipam respostas antes da questão ser concluída, intrometem-se nas tarefas dos outros e nunca esperam a vez.
Uma série de tratamento vêm sendo pesquisados, mas nada se mostrou superior à associação de remédios com acompanhamento psicológico. Dentro da psiquiatria, avalia-se que o número de usuários de medicamentos ainda é menor que o de doentes. Muitos educadores, no entanto, acreditam que um comportamento natural e agitado das crianças pode estar sendo diagnosticado como TDA. “Fico preocupada com essa tentativa de curar, a todo custo, um problema que também pode ser social, e não só orgânico”, argumenta Juliana Torres, orientadora educacional da unidade São Cristóvão do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

COMO AVALIAR O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA

Se você suspeita que seu aluno seja portador de TDA, observe-o atentamente. O distúrbio pode ser detectado segundo critérios baseados em proposta da Associação Americana de Psiquiatria. Os sintomas podem ser observados a partir dos 7 anos de idade.
Desatenção
Verifique se seu aluno apresenta seis ou mais desses sintomas, por mais de seis meses. Ele freqüentemente...
• Falha em dar atenção a detalhes ou comete erros grosseiros nas atividades escolares.
• Tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
• Parece não escutar quando lhe falam diretamente.
• Não consegue seguir à risca instruções nem terminar tarefas escolares ou atividades domésticas.
• Tem dificuldade em organizar tarefas e atividades.
• Evita, não gosta, ou fica relutante ao se engajar em atividades que necessitem de esforço mental contínuo.
• Perde coisas necessárias para atividades ou trabalhos (brinquedos, lápis, livros, ferramentas, coisas pessoais).
• É facilmente distraído por estímulos externos.
• Se esquece das atividades diárias.

HIPERATIVIDADE

Verifique se seu aluno apresenta seis ou mais desses sintomas, por mais de seis meses. Ele freqüentemente...
• É inquieto, fica com as mãos e pés se mexendo, constantemente, quando sentado.
• Deixa o seu assento na classe ou em outras situações quando se espera que permaneça sentado.
• Corre ao redor, ou trepa nas coisas, em situações em que isso não é apropriado.
• Tem dificuldade em brincar ou se engajar em atividades de fazer de forma quieta.
• Está “pronto para decolar” ou age como se estivesse “ligado a um motor”.
• Fala excessivamente.

IMPULSIVIDADE
• Responde de forma intempestiva, antes que a pergunta esteja completamente formulada.
• Tem dificuldade para aguardar pela sua vez.
• Se intromete ou interrompe os outros (em conversas ou jogos).
TIPOS DE TDA QUE PRECISAM DE TRATAMENTO

• Predominantemente desatento: apresenta seis ou mais sintomas de desatenção e hiperatividade.
• Predominantemente hiperativo/impulsivo: seis ou mais sintomas de hiperatividade e alguns de desatenção.
• Misto: seis ou mais sintomas de desatenção e hiperatividade.

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