quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CONTEXTO HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DA ACP E O PROJETO ECONÕMICO POLITiCO PARA A PARAÍBA

CONTEXTO HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DA ACP E O PROJETO ECONÕMICO POLITiCO PARA A PARAÍBA


Para a autora a fundação da Associação Comercial da Paraíba surgiu de uma sugestão oficial do Presidente da Província. Em 1874 é inaugurada ACP. A década de 1870 se inicia sob os efeitos de forte crise econômico-financeira. A este quadro de crise econômica associado a agitação social tem seu ponto representantivo nos assaltos a cidade de C.Grande e as vilas de Ingá e Alagoa Grande-PB.
Para solução da crise se circunscrevem a diminuição de despesas e a garantia de melhor controle fiscal, além da solicitação de serviços ao poder central. São medidas que expressam a avaliação dos dirigentes sobre os fatores que ocasionam a crise.
A crise vivida é resultante dos fatores conjunturais, nesse sentido, as medidas visam assegurar as condições a fim de ultrapassar as dificuldades momentâneas, inclusive a defesa da ordem, até uma conjuntura favorável de mercado que estabeleça boa cotação aos produtos de exportação.
A o lado dessa atitude que norteia a ação do Estado de modo geral a elite percebemos uma maior preocupação com o melhoramento dos serviços. A seca de 1877 provocou a elevação dos impostos, convulsão social expressa na Revolta de Quebra Quilos.
Na análise dos Estatutos demonstra que a ACP formou-se assumindo como entidade de classe, os interesses de um amplo espectro social.
No que se refere ao relacionamento com ACP percebe-se que procurou-se manter um bom relacionamento. As relações e formas de atuação dos agentes do comércio da Paraíba se apresentam de modo a identificar-los como componente da classe dominante.



MODERNIDADE E TRABALHADORES URBANOS


As duas décadas do século passado foram palco de inúmeras greves operárias sendo que a maioria ocorreu em julho de 1917. As paralisações principiam nas indústrias de cigarros e se estenderam a outros setores da indústria da capital. Os trabalhadores paralisam suas atividades exigindo a redução da jornada de trabalho e o aumento salarial. Além disso, exigem a permanência de delegados do S.G.T no ambiente de trabalho.
No entanto, a Associação Comercial, órgão de representação da classe patronal do Estado, não aceita a permanência e atribuições dos delegados do SGT. No trabalho de fiscalização e controle dos trabalhadores.
A greve dos cigarreiros em 1917 se destaca por várias razões em primeiro porque apresentam um leque de reivindicações que ultrapassam questões puramente salariais. Em segundo, coloca as contradições entre os fabricantes de cigarros em terceiro polarizou os interesses em jogo da Associação Comercial de um lado e o SGT do outro. Em quarto, colocou no centro da discussão a questão da introdução de máquinas no processo produtivo e a perda do controle operário por último, porque inovou em função das razões anteriores tendo grande destaque na imprensa local.
A decisão dos operários em abandonar o trabalho envolve também além das questões salariais, as péssimas condições de trabalho, a falta de ventilação nas oficinas e outros fatores.
Outro aspecto foi a introdução do maquinário de fechar cigarros o que provocou um número considerável de desemprego. Portanto, os grevistas reivindicaram a abolição do trabalho de menores nas fábricas bem como a higiene nos estabelecimentos de trabalho.

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