sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DISLEXIA

DISLEXIA
A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado, levando o indivíduo a apresentar dificuldades ao aprender a ler, escrever e soletrar.
PREVALÊNCIA
No Brasil: 7,4 – 19%
COMO IDENTIFICAR?
De 03 a 06 anos:
- Freqüentemente pronuncia palavras de forma errada;
- Tem dificuldade para aprender novas palavras;
- Não consegue reconhecer as letras que soletram seu nome;
De 06 a 07 anos:
- Tem dificuldade em dividir palavras em sílabas;
- Tem dificuldade em reconhecer fonemas;
- Memoriza textos sem compreendê-los;
De 07 a 12 anos:
- Comete erros ao pronunciar palavras longas e complicadas;
- Comete erros de ortografia;
- Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia, som ou com diferente orientação no espaço (f-v; t-d; v-z; m-n; b-d; d-p).
-
A partir de 12 anos:
- Evita ler e escrever;
- Inverte a ordem das letras: “ bolo” por “lobo” “ perto” por “ preto”;
A Dislexia constitui-se causa dos distúrbios de leitura, porque a criança disléxica demonstra sérias dificuldades com a identificação dos símbolos gráficos no início da sua alfabetização, o que acarreta fracasso em outras áreas que dependem da leitura e da escrita. Destaca-se alguns aspectos importantes para que o professor possa ajudar os indivíduos em sala de aula. Assim, as principais dificuldades apresentadas pela criança disléxica, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), são:
• Demora a aprender a falar, a fazer o laço nos sapatos, a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda.
Tem dificuldade para:
• escrever números e letras corretamente;
• ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas;
• distinguir esquerda e direita.
• Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer cálculos.
• Apresenta dificuldade incomum para lembrar a tabuada.
• Sua compreensão da leitura é mais lenta do que o esperado para a idade.
• O tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas parece ser mais lento do que se espera para sua idade.
• Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesma.
• Confunde-se às vezes com instruções, números de telefones, lugares, horários e datas.
• Atrapalha-se ao pronunciar palavras longas.
• Tem dificuldade em planejar e fazer redações.
O esforço de lutar contra as dificuldades, a censura e a decepção às vezes leva a criança disléxica a manifestar sintomas como dores abdominais, de cabeça ou transtornos de comportamento. Em geral, ela, é considerada relapsa, desatenta, preguiçosa, sem vontade de aprender, o que cria uma situação emocional eu tende a se agravar, especialmente em função da injustiça que possa vir a sofrer.
Muitos conflitos e frustrações acompanham o disléxico e sua família, pois, sendo ele normal intelectualmente, as expectativas da família são sempre muito altas. Reprovações e abandono escolar são ocorrências comuns na vida escolar do disléxico. Existem também conseqüências mais profundas, no nível emocional, como diminuição do autoconceito, reações rebeldes e delinqüências, ou de natureza depressiva.
A motivação é muito importante para a criança disléxica, pois ao se sentir limitada, inferiorizada, ela pode se revoltar e assumir uma atitude de negativismo. Por outro lado, quando se vê compreendida e amparada, ganha segurança e vontade de colaborar. Os disléxicos precisam de tratamento especializado tanto quanto outros deficientes na área de linguagem, mas precisam, e muito, do auxílio do professor.
O professor que deseja ajudar seus alunos, solucionando ou minimizando os problemas de linguagem, sabe que é necessário encaminhá-los para tratamento e colaborar nesse tratamento. Mas ele sabe também que o atendimento gratuito é sujeito a grande espera e que o nível econômico da maioria dos escolares não permite tratamento particular. Reconhece então que só através de um trabalho paciente e constante poderá prestar à criança a ajuda que Lea tanto necessita.

SUGESTÕES PARA AJUDAR A CRIANÇA DISLÉXICA
Entre as sugestões apresentadas pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD), em texto de Mario Welchmann, destacamos:
• Estabelecer horários para refeições, sono, deveres de casa e recreações.
• As roupas do disléxico devem ser arrumadas na seqüência que ele vai vestir para evitar confusões e preocupações à criança (simplificar usando zíper em vez de botões, sapatos e tênis sem cordão e camisetas).

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