domingo, 1 de agosto de 2010

LUGARES DE MEMÓRIA EM CAMPINA GRANDE-PB

CAMINHADAS PELA HISTÓRIA DE CAMPÍNA GRANDE-PB


Pensar a História de Campina Grande-PB especificamente no início do século XX nos leva a refletir sobre alguns marcos históricos. Consideramos que ao longo dos anos os autores de nossa história campinense foram deixando pelas ruas, cabarés, bares e cafés as marcas de um passado significativo para as gerações posteriores.
Inicialmente enfatizamos a chegada do trem em Campina grande no dia 02 de outubro de 1907 a exato 101anos depois ainda fascina e encanta, ao mesmo tempo em que povoa o imaginário das pessoas. É a impressão que se tem ao observar o espaço da estação velha com seus objetos e iconografias que denunciam de que história, de que lugar se quer falar.
Percebemos que é possível identificar este como lugar de memória. No texto que a guia do museu transcorre fala dos principais personagens da cidade de Campina Grande. Dos responsáveis pelo período de maior desenvolvimento e progresso do município. “A era do ouro branco”. Aqui destacam-se: O mocinho o herói, “Cristiano Lauritzen” e o seu cavalo de ferro o “Trem”.





ESTAÇÃO VELHA – ATUAL MUSEU DO ALGODÃO



E A HISTÓRIA CONTINUA...



Cristiano Lauritzen comerciante de jóias, gringo, Dinamarquês, forasteiro chegou em Campina em 1880 e casou-se com a filha de Alexandrino Cavalcanti, pessoa muito importante da cidade. Coronel que pertencia a burguesia rural ( liberais, fazendeiros, descendentes das famílias antigas). Dessa maneira fixou-se em Campina e apesar de ser um Forasteiro que para Epaminondas Câmara pertencia á burguesia Urbana conseguiu ser prefeito de Campina Grande. Foi prefeito vitalício por quase vinte anos. Deixou o cargo apenas após a morte. Nessa época as eleições não eram diretas. O prefeito era escolhido por indicação.
O casamento com a filha de uma pessoa da elite burguesa rural rendeu-lhe mais posse do que ouros e diamantes.
Em 1904 viajou a capital do Brasil que na época era a cidade do Rio de Janeiro para reivindicar a construção da linha de ferro.

“ Sr. Ministro, v. exc. Não se envergonha, como paulista e como brasileiro, que um estrangeiro, conquanto brasileiro naturalizado, venha de tão longe, do fundo de um logarejo perdido nos sertões do Brasil advogar perante o governo do país a realização dum beneficio de utilidade geral, com sacrifício das suas economias de pequeno comerciante, e ainda tenha o desprazer de arrostar com o desdém manifesto de um órgão do poder público?”

Três anos depois em 1907 o trem chegava pela primeira vez em Campina Grande. O povo aguardava esse tão almejado dia, um sonho que se tornou realidade. Foi um marco muito importante o dia 02 de outubro de 1907 o dia da chegada do trem. Esse marco é indicado como sendo o responsável pelo apogeu econômico de Campina Grande que já era favorecida por sua localização geográfica que fica no entreposto entre o litoral e o sertão.
Antes da chegada do trem o algodão produzido na região era transportado pelos Tropeiros. Os tão conhecidos Tropeiros da Borborema. Que levavam suas tropas de burros até a cidade de Itabaiana para de lá pegar o trem e transportar o algodão para o porto de Cabedelo. Com a chegada do trem não havia mais a necessidade de deslocamento. Essa facilidade atraiu para cidade agricultores de varias localidades para comercializar o algodão. Os comerciantes locais compravam o algodão descaroçavam, prensavam e guardavam o produto em armazém para aguardar o trem que transportava o algodão para o porto de cabedelo e de lá seguia para Europa e Estados unidos.
Esse fato coloca a chegada do trem como o que lançou Campina para o progresso e desenvolvimento á nível internacional. A partir daí muita coisa vai acontecer. Pois a velocidade do trem trouxe o intercambio rápido. Falam-se que muitos ficaram ricos com a industria do algodão.
A chegada do trem foi um momento festivo para o povo. Parecia até feriado nacional e a cidade parava para assistir esse espetáculo que a modernidade permitia.

“A alegria pública assumiu um caráter como nunca se notara em Campina. O comércio cerrou as suas portas. Estalavam foguetes no ar. A Banda Marcial União atroou as ruas com os seus dobrados retumbantes. A cidade encheu-se do povo. Um dos oradores entusiastas, em frente ao palacete de Cristiano Lauritzen, atulhado de gente, perorava: “A estrada de ferro é uma realidade em Campina, senhores”.


O trem tanto levava mercadoria como também trazia. Gerou riqueza e nesse inicio de século XX o algodão agora é o “ouro branco” que impulsionou o desenvolvimento da industria especializada no produto a exemplo da SAMBRA que não só beneficiava o algodão como aproveitava a semente na fabricação de óleo. Até 1970 a SAMBRA dominou o podium de maior industria algodoeira da América Latina. Essa série de fatores contribuíram para colocar Campina como uma das praças de Algodão mais importante do “mundo”. Chegando a competir com Liverpol na Inglaterra. Campina ganha agora o apelido de a Liverpol brasileira. É a “Era do ouro branco”.
Nessa época, Além de investimentos econômicos a cidade atrai também pessoas em busca de investir em relacionamentos conjugais. Que não deixa de ser econômicos também. A exemplo do próprio Cristiano Lauritzen que adotou a Paraíba como mãe e investiu aqui principalmente seus espermatozóides. Unidos trem e algodão atraíram para Campina Grande “Grandes” investimentos que implicavam muito além do interesse no “ouro branco”. O matrimonio com filhos e filhas de coronéis, da burguesia rural tornou-se cobiça de muitos forasteiros. Assim era também uma moeda de ouro.
Surgia uma nova elite, a burguesia urbana que comercializava e transitava nas ruas da cidade. Criou-se então a necessidade de uma vida boemia e noturna para atender essa clientela, de novos ricos. Nasce uma outra industria. Aquela que o produto é o corpo e o lucro é o prazer. O comércio dos desejos tinha o nome de Cassino Eldorado. Um local bem freqüentado. Por homens de dinheiro e estrangeiros. O trem trazia também produtos de desejos como mulheres, comcubinas, dançarinas e vedetes de luxo do Rio de Janeiro que vinham abrilhantar as noites no Cassino ElDorado. Relatos confirmam que até Nelson Gonçalves chegou de trem em Campina para se apresentar no Eldorado. O cassino Eldorado esteve no auge até quando durou o ciclo do algodão e quando o trem ainda era sinônimo de euforia e modernidade. Entrando em declínio logo em seguida.
Nas primeiras décadas do século XX os metais preciosos oscilavam em Campina Grande entre; “O ouro branco”, “A estrada de ferro” e o “Cassino Eldorado”.
Então para os memorialistas de plantão é impossível falar da história de Campina Grande sem citar essa fase de glamour e encantamento. Tem-se a impressão que foi gerado nesse período o embrião que lança o marketing “Campina Grande, Grande cidade”. Uma das maiores praças de algodão do “mundo”. Cidade do interior desenvolvida e reconhecida internacionalmente. O trem que trouxe a “modernidade” e o algodão esse “Ouro branco” que beneficiado pela construção da linha de ferro trouxe riqueza e muita gente importante para cidade.
O prédio da Estação Velha construído pela empresa inglesa G.W.B.R conserva sua estrutura original. A última vez que o trem parou na Estação Velha foi em fevereiro de 1961 quando foi inaugurada a Estação Nova que funcionou como trem de passageiros até 1978. A estação velha ficou totalmente desativada por muitos anos. Em 2001 passou a abrigar o Museu do Algodão.
O discurso reproduzido ao longo do tempo enfatiza bem a importância do trem e de como foi essencial para o desenvolvimento de Campina e da industria. Porém Campina não se tornou um pólo algodoeiro só e simplesmente depois da chegada do trem. O algodão já era um comercio importante bem antes da chegada do trem. Apenas a linha de ferro veio a facilitar o transporte.
No entanto a placa em homenagem ao centenário da chegada do trem, atualiza cem anos depois todos os sentimentos contidos nos discursos. É a visão de que Lauritzen esta intrísicamente ligado a história do trem. Coloca-se o trem como um sonho do Cristiano Lauritzen e conseqüentemente como um sonho geral da população de Campina Grande e que ninguém estava contra a construção da linha de ferro que todos apoiavam. Segundo as fontes, todos apoiando seria basicamente as elites econômicas e políticos. A população pobre aparece apenas como espectador que assistiu bestializado esse filme.



PRAÇA VERGNIAUD WANDERLEY

O açude “Velho” considerado como instrumento proliferador das doenças na cidade de acordo com Hotênsio de Souza Ribeiro. Entretanto, o monumento em homenagem a Vegrniaud Wanderley foi colocado de maneira estratégica contra uma determinada memória que ainda tem na imagem de Vergniaud Wanderley como sendo um grande destruidor que cometeu na cidade várias atrocidades á uma determinada memória a uma memória de elite. Uma memória das famílias tradicionais da cidade.
Contudo, a imagem do prefeito do “bota abaixo” fica escondida aos olhos da população Campinense passando despercebida por quase todos. A estátua Foi estendida ironicamente perante uma igreja como um castigo, ( Sendo ele ateu convicto e declarado) e colocada de costas para o charco de imundices do maior banheiro publico de Campina Grande que é o açude velho.


PRAÇA ANTONIO PESSOA

É notA estátua em homenagem ao Presidente João Pessoa foi transferida da área central da cidade durante a reforma do prefeito Vergniaud Wanderley causando o descontentamento de toda a população. Essa transferência provocou a ira pessoas como Cristino Pimentel que criticou a atitude do prefeito considerando o deslocamento do monumento como sendo um afronto a memória Campinense. Pois a imagem retirada de um lugar visível aos olhares de todos e foi levada para uma localidade muito distante. Na época a praça Antonio pessoa era pouco habitada e passava longe do centro.
Cristino Pimentel acusou Vergniaud Wanderley de tentar destruir a boa imagem política de João Pessoa como bom e grande representante de atividades publicas. Sua figura foi de supremo significado para a Paraíba. Principalmente após a sua morte.







RUA DA POROROCA


A rua da Pororoca ficou conhecida pela noites de fanfarrs e alegria que os boêmios em Campina Grande se deleitavam. Rua também onde residiu Maria Garrafada, “Prostituta de Campina Grande” local e ponto de encontros amorosos daqueles que se serviam dos encantos e habilidade da professora do sexo.

“Maria Garrafada virou tradição. Tem relevantes serviços prestados a várias gerações campinenses, incorporando-se, com muita justiça, ao patrimônio histórico-sentimental da cidade. Virou símbolo. É a prostituta de Campina Grande”.

Na rua da pororoca ou beco da pororoca, foi possível identificar uma das raras placas que trás o nome atual e indica o nome antigo da rua.

PRAÇA DA BANDEIRA

A inauguração do prédio dos correios foi o pretexto para a realização do comício e das festas que contavam com a presença de Argemiro de Figueiredo e Renato Pereira Lira. O evento provocou rivalidades entre os partidos. Uma parte da população apoiava José Américo e repudiava principalmente Pereira Lira. A outra parcela era fanática por Argemiro de Figueiredo. Por motivo de protesto ocorreram graves conflitos na praça da bandeira que culminou na morte de três pessoas e mais de 15 feridos. O fatídico 09 de julho ocorreu em 1950.
Ainda se destaca o COLÉGIO “ALFREDO DANTAS” , também é um local de memória em Campina Grande-PB, haja vista que, foi o prédio onde funcionou no passado o instituto de doenças venéreas coordenado pelo Dr. Arlindo Correia. O instituto aparece como ponto de referencia pedagógica nas primeiras décadas do século XX.

PRAÇA JOÃO RIQUE



Praça João Rique com monumento em homenagem a Nilton Rique. Local onde justamente ficava instalada a estatua de João Pessoa antes de ser deslocada na reforma urbana de Vergniaud Wanderley para os confins da praça Antonio Pessoa. Nessas extremidades funcionava também o comércio do algodão. Conhecido como praça do algodão e pavilhão Epitácio Pessoa.








RUA VENÂNCIO NEIVA MACIEL PINHEIRO

É importante para o historiador saber olhar para além do meramente mais visível. É preciso olhar para cima dos prédios que por vezes passam despercebidos em meio a poluição visual e a transeuntes apressados pela vida moderna desinteressados em perceber o visível e o sensível.
As ruas Venâncio Neiva e Maciel Pinheiro guardam a maior estrutura de Arte Décor do Nordeste e para descobrir essa arte impressa na paisagem da arquitetura faz-se necessário olhar para cima. Ao olhar além do visível, além do que estar a frente se descobre uma outra cidade que aparece cega ao menos desatentos.
A Arte Décor é caracterizada por figuras geométricas, quadrados e retângulos. Essa estrutura arquitetônica foi bastante utilizada na reforma urbana. Na época ainda nõa existia sobrados em Campina, E esse tipo de construção recuava as edificações beneficiando o alargamento das ruas.







Rua onde fica localizado o sobrado do coronel Alexandrino Cavalcanti herdado por Cristiano Lauritzen com a chegada a família Cavalcanti. Em seguida passa a ser do filho Ernani Lauritzen ficando em posse da família até a década de 40 do século XX. O sobrado que ainda existe foi encoberto pela construção da livraria pedrosa que hoje não existe mais atualmente o espaço é ocupado por uma loja de artigos femininos.
O objetivo seria mesmo por questões políticas. Encobrir o passado para não ter que relembrar os antigos senhores da política Campinense. Então se construiu um prédio para tapar a visão. Foi nesse casarão dos Lauritzen que se hospedou Argemiro de Figueiredo e os demais políticos da UDN no famoso episodio do massacre da praça da Bandeira em 1950.
Foi também no beco 31 conhecido na época como pavilhão ou complexo Epitácio Pessoa que funcionou o Jornal Correio de Campi de posse do Cristiano Lauritzen onde Cristino Pimentel começou a trabalhar na área jornalística.
A partir de 1928 com o jornal Correio já destituído no prédio passa a funcionar a tão famosa A Fruteira local de trabalho de Cristino Pimentel. Local para onde afluíam os letrados que iam debater questões da cidade onde acabavam aglutinados. O estabelecimento não vendia apenas fruta, era bem freqüentado por intelectuais que trocavam idéias. A fruteira foi o escritório de Cristino Pimentel. A faculdade onde fez seu Bacharelado e concluiu seu doutorado sem nunca ter freqüentado uma escola.

BUNINAS


Foi construído nas Buninas o primeiro cemitério da cidade em 1856, devido a uma epidemia de cólera. Porém já no final da década de 90 do século dezenove o cemitério se encontrava lotado e não comportava mais nenhum morto.
No final do século XIX foi construído o novo cemitério que ficava um pouco mais afastado do centro. O cemitério do “Monte Santo”. Na ocasião da transferência dos restos mortais o processo foi feito de maneira indistinta sem cuidados e sem respeitar as identidades dos mortos.
Esse fato levou Elpidio de Almeida a comentar no livro História de Campina Grande o seguinte: “Enquanto lá no Oriente a tumba de Raquel esposa de Jacó era muito bem identificada apesar de ter morrido á anos e anos atrás. As pessoas de Campina não sabiam localizar onde estavam enterrado seus antepassados. Sendo assim um povo desprovido de almas e memórias.

RUA MACIEL PINHEIRO LOCAL ONDE FELIX ARAÚJO ENCONTROU O SEU DESTINO

ANTIGA CÂMARA MUNICIPAL

Em 1953 Felix Araújo desceu do prédio onde localizava-se a câmara municipal e foi abordado e alvejado por João Madeira. Foi socorrido para o hospital Pedro I não resistiu e faleceu em seguida.
João Madeira buscou refugio na casa de Plínio Lemos e foi preso. Plínio lemos foi acusado de autor intelectual do crime.
Ainda na Maciel Pinheiro, no número 142 funcionava o jornal A Batalha do jornalista Arlindo Correia.


RUA FLORIANO PEIXOTO ANTIGA RUA DA MATRIZ


De acordo com algumas fontes o povoado de Campina Grande teria seu marco nesse local. Nas proximidades surgiu a primeira rua que foi a Vila Nova da Rainha. A rua Afonso Campos era chamada na época de rua do meio porque ficava entre as duas primeiras ruas da cidade de Campina.
Até a década de 30 do século XX funcionava ao lado da Igreja Catedral o Paço Municipal. O prédio foi destruído durante a reforma urbana de Vergniaud Wanderley. O motivo maior do bota abaixo se devia ao fato de que naquelas instalações funcionavam as atividades do Estado e não ficava bem o prédio ao lado da Igreja pois ostentaria a supremacia do poder Religioso sobre o poder estatal.
Na leitura de Severino Cabral a demolição representou um aviso uma maneira de amedrontar o poder religioso. Passando a mensagem de que se derrubou um prédio tão perto da Igreja provavelmente ela poderia ser a próxima vitima.
Em frente a Igreja Catedral se avista o antigo Telegrafo Nacional que posteriormente ocupa a cadeia municipal onde ficou preso Frei Caneca. Hoje atual museu Histórico de Campina Grande. Ao lado do museu fica o famoso “Beco da merda” um dos únicos locais que escapou da reforma de Vergniaud Wanderley para desespero da elite Campinense. Por ironia do destino o prefeito do bota abaixo demoliu palacetes e monumentos da memória campinense deixando intacto o beco da imundice onde as pessoas na calada da noite e até mesmo do dia iam defecar e aliviar suas necessidades fisiológicas. Um local mal cheiroso que servia de latrina para a população.

Antigo El Dourado


RUÍNAS DO CASSINO ELDORADO



Rua Manoel Pereira de Araújo, a conhecida “Rua Boa” dos tempos idos. Recebeu esse nome justamente pela honra de ter em seu espaço o Cassino Eldorado e no segmento da rua vários cabarés. Foi uma rua que tinha um comércio diferente, o comércio de “Mulheres” que vendiam o corpo. Atualmente funciona na rua um comércio de galinhas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A História de Campina Grande-PB não está registrada apenas na literatura mas também nas vivências de suas ruas históricas; esconde um passado de lutas e vitórias políticas. Um estrado cultural que nomeia vultos importantissimos desta cidade.

REFERENCIAS
ARANHA , Gervasio B. “Seduções do moderno na Parahyba do Norte: Trem de ferro, luz elétrica e outras conquistas materiais e simbólicas.
DINÓA, Ronaldo . “zefa tributino” et “Maria Garrafada In: Memórias de Campina Grande.
PIMENTEL Cristino. Mais um mergulho na história Campinense.
SYLVESTRE, Josué. “O fatídico 9 de julho” et “O desassombro de um idealista” et”Os bilhetes do colega Félix e os registros da poesia popular sobre sua morte. In; Lutas de Vida e de morte: Fatos e personagens da história de Campina Grande (1945-1953).