sexta-feira, 4 de junho de 2010

– UM OLHAR SOBRE A MISCIGENAÇÃO E

A SEXUALIDADE NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA.




A perspectiva de Gilberto Freyre1 frente a temática da sexualidade em processo de miscigenação, em um momento histórico no Brasil nos leva a refletir as relações entre os europeus e uma negra, um europeu e uma índia, constituía-se assim uma nova população.As misturas estabelecidas de um mulato com uma branca produzindo outras cores que se aproximarão do branco, ou do negro, na proporção da progressão parece declarada a miscigenação no Brasil. Dessa forma, esta classe de habitantes, cuja constituição é muito robusta, a que executava todas as artes mecânicas e todas as ocupações da sociedade que requerem atividades e que em geral as pessoas das classes superiores jamais iria desempenhá-la seja por vaidade ou talvez por outra causa.
Sendo assim, os negros são vistos nesse momento como uma raça ou sub-raça salientando ódios que separavam essas classes sociais ou subclasses, uma das outras. Na realidade, a população se divide em duas partes: pessoas livres e pessoas escravas que decerto não apresentavam afinidades.
Lamentavelmente não ocorreu no Brasil um fenômeno que evidenciasse uma homogeneidade e encontrasse condições de uma perfeita igualdade. Entretanto, estabeleceu-se relações opostas e inimigas entre negros livres, mulatos livres, brancos natos e brancos adotivos, sem contar os índios por eles considerados uma raça à parte. Assim, eram todos rivais um dos outros na proporção de suas respectivas classes. Os mulatos não aceitavam quando livres a autoridade de um branco e defendia direitos iguais, uma vez nascidos no mesmo solo.
Dessa negação que nunca foi sistemática no Brasil, dos direitos a pardos ou mulatos livres resultaram aqui agitações de sentido social, disfarçado às vezes em político. Os aspectos mais ostensivos do que alguns consideram patologia da miscigenação, dando diagnóstico caráter nitidamente biológico, quando essa tal patologia talvez tenha sido o resultado principalmente de circunstâncias sociais desfavoráveis.
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1- Cf. Freyre, Gilberto Sobrados e Mucambos:a continuação de Casa Grande e Senzala Rio de Janeiro, Record, 2000. 11ª ed.


A questão da patologia da miscigenação se apresenta entre os negros (nesse grupo sofredor) os seus traços mais grosseiros, talvez na sua expressão mais dramática. Eles sentiram o problema ou ainda estão sofrendo mesmo que seja em menor intensidade o problema social dos renegados ao lado do biológico, de meio-sangue. Em alguns casos em um grupo dos renegados se perceba a fragilidade física que talvez contribua nesse momento para criar a idéia de uma população fraca. E assim observa-se nas populações mestiças em geral, ao que parece, por motivos puramente sociais baseado nos aspectos exteriores.
A tendência de certas raças e de certos estados é explicada sem conhecimento associando de modo absoluto a grupos étnicos, outros ao clima. As influências sociais parecem favorecer o desenvolvimento da tuberculose em alguns negros, bem como doenças mentais entre os mestiços. Imagina-se que o negro norte-americano é menos predisposto a doenças da coluna, de obesidade, surdez, doenças nos olhos, das fossas nasais e da garganta, a uma série de males. Além disso, é menos suscetível à febre tifóide, à malária, à bexiga e ao câncer.
O mulato também apresenta várias dessas predisposições dos negros, mas se excede extraordinariamente ao branco nas estatísticas de tuberculose e de doenças venéreas. A tuberculose talvez tenha sido entre os negros, mulatos e mestiços a causa principal de sua fragilidade física. Essa falta de resistência a doenças de civilizados herdada de uma raça primitiva em contato com os portadores da doença vindos da Europa.
Para Freyre2, é fundamental ter em vista a questão do ambiente social incluída a situação econômica do mulato e do negro transplantado para as Américas. O caso do raquitismo, muito comum entre os negros do meio urbano norte americano comprovaram que durante o inverno, o pouco sol, o ar poluído, a alimentação deficiente, tudo agia contra o indivíduo favorecendo o possivelmente as doenças, a freqüência da deformação de corpo entre os meninos de cor. A pobreza foi o grande inimigo das crianças tanto negras como de qualquer outra cor na América, conseqüentemente as doenças. A tuberculose é uma doença que se manifesta com maior evidência no meio urbano.
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2- Cf. Freyre, Gilberto Sobrados e Mocambos: a continuação de Casa Grande e Senzala: Rio de Janeiro, Record, 2000. 11ª ed. p.p.632-662.



As doenças de cortiço devido as péssimas condições de moradia, do chão úmido, da presença da água podre. O problema é de higiene, é ecológico, da má desigualdade social. Essas populações miseráveis em luta pela sobrevivência muitas vezes acabam amontoados nas favelas sem nenhuma condição de sobrevivência, ou seja, condições sub-humanas de existência, em ambientes sem infra-estrutura. Os mucambos, os cortiços, as favelas, são habitados pelos mestiços, casebres abafados e úmidos sem ventilação, tanto no Brasil como em outras partes do mundo.(FREYRE, 2000).
Sendo a tuberculose como é, doença que se aproveita das condições precárias de vida, inclusive, do déficit nutritivo, assim, a população mulata e negra no Brasil, mal abrigada e mal alimentada fossem as primeiras vítimas dessa enfermidade. Além disso, biologicamente os negros não têm a mesma defesa imunológica que os brancos vem acumulando ao longo dos séculos.
Conforme Freyre,3 (2000), o negro e o mulato nestes quatro séculos vem acumulando vigor físico apesar de ter enfrentado as adversidades do ambiente quando trazidos da África, hoje, apresenta-se cheios de oportunidades e possibilidades como de afirmações sócio-econômicas e de capacidade intelectual.
É preciso destacar que essas afirmações e possibilidades reúnem atualmente no Brasil, talvez mais o mulato do que o negro puro. As influências de ambiente social invocadas no caso da tuberculose e de sua generalização entre as populações mestiças devem ser tomadas em conta na interpretação das doenças mentais entre pretos e mulatos. As psicoses tóxicas e infecciosas domina entre os negros e o alcoolismo determinou nessa época um número expressivo maior do que os brancos e mestiços doentes de alcoolismo. Incluem-se nesse quadro as mulheres no Rio de Janeiro, a habitual alcoolização das mulheres negras ou a pouca resistência ao álcool. O fenômeno começa a divergir da raça negra, visto que a mulher mulata já revela atenuado o fenômeno em face do tóxico social. Nessa linha descendente de alcoolismo da mulher preta, que é socialmente a mais degradada, a prostituta de beco, a fêmea do soldado de polícia ou de marinheiro bêbado para a branca, que é a mulher socialmente fina, talvez reflita a influência do fator social, de modo mais poderoso que qualquer outra. São também as mulheres de cor do Rio de Janeiro que mais adquirem as doenças venéreas com a sífilis cerebral.
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3- Freyre, Gilberto Sobrados e Mucambos: Rio de Janeiro, Record, 2000 11ª ed. p.p.632-662
Em Freyre,4 (2000), socialmente o negro sofreu e continua sofrendo as mazelas sociais dessa sociedade branca, não apenas sofreu o descaso, as humilhações e o desprezo como também adquiriu as fragilidades físicas devido as péssimas condições de vida que lhes foram impostas. E assim, o negro permanece sendo duramente satirizado a qual exprime claramente o desprezo social contra a raça negra e de mulatos pelos brancos das classes mais pobres.

É comum ouvir a seguinte expressão:

“ Negro quando não suja na entrada suja na saída”.
“Negro em pé é um toco, deitado é um porco”.
“Negro só nasceu para espoleta dos brancos”.

E também nas cantorias das feiras:

“Negro velho quando morre
tem cantiga de xexéu,
Permita Nossa Senhora
Que negro na vá ao céu”.

Percebe-se que o negro não é ridicularizado apenas pelas suas diferenças físicas ou sua condição social, mas, sobretudo pelo racismo cultural, mesmo o branco afirmando não ser racista, ele é racista interiormente devido a uma gama cultura que fortalece esse fenômeno na sociedade brasileira. Existe sim, um disfarce de aceitação das diferenças culturais. O primeiro ponto que se constitui um choque cultural está relacionado as religiões africanas. Nas mínimas coisas o negro e desprezado, a educação brasileira através do seu folclore reforça pelos usos e costumes do negro.



4- Freyre, Gilberto Sobrados e Mocambos. Rio de Janeiro, Record: 2000 11ª ed. pp.632-662



A simpatia do mulato foi um dos pré-requisitos que conquistou a sociedade brasileira, foi o mulato formado em competição com o advogado branco, com o médico, com o político que procurou vencer o competidor, agradando a sua clientela mais do que os outros. Seu riso foi não só um dos elementos como um dos instrumentos mais poderosos de ascensão profissional, política, econômica. Um momento onde o negro, o mulato marca a sua transição do estado de servil para o de mando ou domínio da situação, de igualdade como o dominador branco.
No uso brasileiro de diminutivo, o negro procurou através dessas palavras encurtar a distância pelos meios mais doces a distância social entre ele e o grupo dominante. Assim, foi ele que deu mais força e vigor e enriqueceu de tendências e significados sociais particularmente brasileiros. Esse instrumento foi utilizado para seus interesses, e romper suas dificuldades de um indivíduo em transição de uma classe para outra. E o diminutivo adoçando as palavras representou a maneira de ser ainda mais respeitoso, de falar dos assuntos usando um tom íntimo junto aos senhores outrora mais distantes e dos quais só os brancos tocavam.Essa foi uma característica marcante do mulato em processo de ascensão para branco. E vencer entre ele e o grupo dominante a distância social entre o bacharel mulato e o branco.
No que se refere a fecundação no Brasil, uma coisa é certa para Gilberto Freyre5, as regiões ou áreas de miscigenação mais intensa se apresentam as mais fecundas. No Maranhão foi considerada uma sub-região de mestiçamento intenso com predominância do negro sobre o índio entre os elementos de cor. Nesse sentido, a relação entre a cultura erótica e a ciência parecem ter sido sempre tensas e complicadas, não apenas no Brasil, aliás, neste país talvez tenha sido até mais fácil se comparado com os países de tradição puritana. O erótico permeia o cotidiano dos brasileiros, de norte a sul, das piadas aos jogos de sedução, das roupas aos comportamentos.
Atualmente, vive-se uma cultura nessa sociedade extremamente sexualizada em todos os sentidos, inclusive da violência enquanto que a imagem da sexualidade-tropical-do sul do Equador, não deixa de ser muito estimulada pelas indústrias do turismo, na exportação das mulatas sensuais, do samba, do carnaval e de tudo aquilo que é conhecido no imaginário do Brasil Tropical.
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5- Freyre, Gilberto Sobrados e Mocambos Rio de Janeiro, Record, 2000. 11 ed. pp. 632-662.


Ronaldo Vainfas6, questiona a imagem desregrada da Colônia produzida pelos observadores dos primeiros séculos da colonização, encontrando muitas regras, normas e formas de culpabilização. A fornicação tropical não faltaram as normas rígidas por mais que intoxicada tenha sido a colônia como quer Gilberto Freyre7, os valores da família, mescla da cultura popular e do discurso oficial se fizeram presentes. Entretanto, não se trata precisamente de decidir sobre a moralidade ou imoralidade historicamente constitutiva do país, mas de desconstruir as narrativas históricas produzidas e reproduzidas incessantemente, destacando a importância que o discurso da sexualidade assume na leitura que os brasileiros fazem de suas origens. Como observou Richard Parker, a noção de sexualidade no Brasil, não está apenas presente na percepção que cada indivíduo faz de sua existência, mas na auto-interpretação de toda a sociedade. E o discurso médico sobre o corpo e a sexualidade é apropriado como verdade absoluta.
Gilberto Freyre considera que a vida sexual no Brasil é positiva, responsável pela democracia racial, apesar da propagação das doenças venéreas. O povo brasileiro se origina nesta perspectiva, da miscigenação das três raças que no Brasil especialmente não tiveram maiores problemas para se fundirem, pois a atração sexual foi mais forte do que as exigências legais e racionais de união entre os diferentes. Daí uma cultura particular, marcada pela cordialidade, pela leveza, pelo instinto, pelo corporal e pela tolerância. As relações primárias em Freyre se caracterizariam pela intensa atividade sexual.
Além disso, a sexualidade adquire ainda uma dimensão muito poderosa na interpretação de Freyre, na medida em que é fator fundamental na determinação das relações que se estabeleceram na esfera pública. Esta molda por modelos emprestados do mundo privado, onde as relações primárias são, sobretudo marcadas pelo sado-masoquismo. Assim, o modelo de relação sexual sado-masoquista estabelecido entre senhor e escravas ou escravo transfere-se para a esfera pública, caracterizando as relações sociais.
A miscigenação decorre, pois de uma quantidade excepcional do português em se cruzar com outras raças. Freyre explica que isso se deve em grande parte à forma de emigração dos portugueses, que vieram sós. E assim, a falta de mulheres brancas sempre foi um problema de toda a colonização européia em territórios ultramarinos.
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6- Cf. Vainfas, Ronaldo – Trópicos dos Pecados. Moral Sexualidade e Inquisição no Brasil. Rio de Janeiro, Campus, 1989 pp. 130-150.
7- Freyre, Gilberto Sobrados e Mocambos Rio de Janeiro, Record, 2000. 11 ed. pp. 632-662
É interessante observar que a concepção de História fundamentada no materialismo histórico e dialético, utilizada para construir sua interpretação da realidade nacional, o autor incorpora as análises e os preconceitos difundidos pela documentação em que se apóia, seja a que elaboram viajantes, colonizadores. Além disso, a própria estruturação do livro acaba por colocar a sexualidade, considerada em uma acepção mais abrangente no fundamento mesmo da constituição da vida em sociedade. A sexualidade é referida como centro de explicação da organização social e como lugar privilegiado da leitura que se produz a respeito do passado e da cultura brasileira. Nesse sentido que a questão do lugar central da sexualidade na construção da identidade nacional e na interpretação da história brasileira pode ser enunciada pela releitura historiográfica.
A sexualidade ocupa na construção das interpretações sobre a realidade brasileira e da idéia de identidade nacional principalmente no que se refere a questão sexual, produziu-se ao longo da história traços que se constituíram desde os primórdios da colonização, nas relações primárias quando chegaram os conquistadores iniciando um processo de miscigenação racial.
Percebe-se que a cultura brasileira desde os primórdios da colonização é marcada por uma identidade nacional que reforça a estigmatização do outro percebido como desvio, perverteram o sexo e todas as práticas sexuais foram postas sob o signo do discurso intelectual, explicada e analisadas, classificadas e condenadas. Em Freyre8, a aproximação entre as diferentes raças decorre de um forte impulso sexual. Assim, foram sexualidades exaltadas dos dois povos que primeiro se encontraram na América. Contrário da idéia de lubricidade maior comunicou-se ao brasileiro o africano, parece que foi precisamente este, dos três elementos que se juntaram para formar o Brasil, o mais fracamente sexual e o mais libidinoso, o português.






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8- Cf. Gilberto Freyre Casa Grande & Senzala Rio de Janeiro. Schmidt Editor, 1936 2 ed. p.60.
O ambiente em que começou a vida brasileira foi de quase intoxicação sexual. O europeu saltava em terra escorregando em índia nua; os próprios padres da Companhia precisavam descer com cuidado, se não atolava o pé na carne. Muitos clérigos, dos outros, deixaram-se contaminar pela devassidão. As mulheres eram as primeiras a se entregarem aos brancos, as mais ardentes indo esfregar-se nas pernas desses que supunham deuses. Davam-se ao europeus por um pente ou um caco de espelho. (FREYRE, 1936 p. 60).




Sergio Buarque, não fundamenta a construção de caráter brasileiro no campo da sexualidade, a exemplo de Paulo Prado9 e Gilberto Freyre, enfatiza como tração marcante da brasilidade o predomínio do emocional e do instintivo sobre o racional. A mestiçagem brasileira é vista antes de tudo como uma resultante do problema sexual da raça dominante, e por centro o colono branco. Neste cenário de três raças, uma dominando e duas sendo dominadas estando em contato é o branco que dirige a seleção sexual no sentido do embranquecimento. Entretanto, a temática deixa claro que em grande parte os brasileiros se percebem através da sexualidade, mas também através da cor, além disso, existe a dificuldade das ciências sociais trabalhar essa questão, reconhecendo a centralidade que esta assume no discurso científico. Mas recentemente, as pressões dos movimentos feministas, dos homossexuais e do negro forçam a incorporação de novos olhares. A invasão do feminino na cultura: o instintivo, o sagrado, o sexual, o corpo passam a ser objeto de discussão, aceitos como importantes dimensões constitutivas das práticas sociais e das formas de conhecimento.
Nesse sentido, a questão do lugar central da sexualidade na construção da identidade nacional e na interpretação da história brasileira pode ser enunciada forçando uma releitura da historiografia. A figura da prostituta a margem da sociedade confere a história uma pagina importante. O crescimento da população e a falta de condições financeiras para sobreviver a prostituição constituem-se uma das mais antigas profissões do mundo. No Brasil, a questão da miscigenação, a junção das três para formação do povo brasileiro tem alcançado uma diversidade de culturas que faz do país um celeiro de saberes. A contribuição do povo nativo, do negro e do branco trouxe para essa nação uma forma diferente de existência. E assim, os trópicos foram vistos como lugar da promiscuidade, do português aventureiro que veio para cá e possuía um pensamento obcecado com a sexualidade.

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9- Cf. Prado, Paulo Retrato do Brasil. Ensaio sobre a Tristeza Brasileira. São Paulo, 1929, IIIa. Edição, 5. milherio.
No Brasil a tristeza sucedeu a intensa vida sexual do colono, desviada para as perversões eróticas, e de um fundo acentuadamente atávico. A hiperestesia sexual que vimos no correr deste ensaio ser traço peculiar ao desenvolvimento étnico de nossa terra evitou a segregação do elemento africano, como se deu nos Estados Unidos, dominados pelos preconceitos das antipatias raciais. Aqui a luxúria e o desleixo social aproximaram e reuniram as raças. (PRADO, Paulo, 1929, p.121-188).


Enfim, os homens da ciência não paravam de falar da sexualidade desde o século XIX, principalmente para condená-la. Dissecaram o corpo da meretriz, do cafetão, do homossexual, perverteram o sexo. Assim, todas as práticas sexuais foram postas sob o signo do discurso científico. De fato, a ciência tentou explicar, classificar e condenar. Na realidade, talvez a própria sexualidade tenha se transformado a primeira importância desde os primórdios dos séculos, e assim cada vez mais existe uma conexão entre sexualidade e subjetividade. A aproximação entre as diferentes raças desenvolveu impulsos sexuais, onde o europeu exaltado não soube controlar-se. A vantagem da miscigenação no Brasil correspondeu a uma desvantagem diante da sifilização. Juntas o Brasil sofreu um processo de civilização deformada, da má nutrição, das questões econômicas fragilizada. O desregramento dos europeus participa da construção e formação de um novo país.
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